Um site LGBT publicou um artigo em que o príncipe George é chamado de “ícone gay”. O texto está a gerar uma onda de reações negativas, incluindo a de um político irlandês.
Depois de o príncipe George de Inglaterra, de quatro anos, ter sido fotografado com as mãos na cara durante uma viagem à Alemanha, o site PinkNews escreveu um artigo no qual chama o filho de William de Inglaterra e da mulher, Kate Middleton, de “ícone gay”. O diretor do site PinkNews, Benjamin Cohen, afirma que o comentário foi “irónico” e baseado em “centenas” de comentários vistos nas redes sociais.
A justificação não está a ser suficiente para acalmar os ânimos. Jim Allister, líder de um partido unionista irlandês, veio a público dizer que a classificação é “inapropriada” e o canal BBC relata que o político chegou a escrever para o site a pedir que o artigo fosse retirado e feito um pedido de desculpas formal. Cohen refere não ter “qualquer intenção” de retirar o artículo e acusa Allister de ser contra os direitos da comunidade LGBT [comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgéneros].
“O príncipe George tornou-se um ícone gay do dia para a noite. O futuro monarca sempre foi querido e bem vestido, mas, um dia antes do seu quarto aniversário, a fotografia dele a segurar a sua cara entusiasticamente mudou tudo”, lê-se na plataforma.
A estação pública de TV britânica relatou ainda que Allister atacou a publicação dizendo que “tornar sexual uma pequena criança desta maneira é absolutamente inapropriado”. “Na realidade, a fotografia que levou a esse comentário mostra apenas um rapaz de quatro anos que está vestido de forma inteligente e feliz por estar num helicóptero com o seu pai e a sua mãe. Pegar numa imagem de um pequeno rapaz e fantasiar com a possibilidade de ele ser um ícone para uma vida definida por sexo é um ultraje e é doentio”.
Benjamin Cohen contra-atacou, afirmando que Allister “afirmou que ser gay é uma ‘vida definida por sexo’” e que “isso sim, é um comentário ultrajoso”.
O príncipe George é o filho mais velho dos Duques de Cambridge e irmão de Charlotte, de dois anos.
TEXTO: Marta Silva