Rui Unas faz balanço de “Crónica dos Bons Malandros”: “São os atores certos”

Rui Unas
Fotografia: Divulgação RTP

Com os últimos episódios da série a irem para o “ar”, o “Silvino, o bitoque” da trama resume o policial icónico de Mário Zambujal. “Não foi difícil fazer, apesar da responsabilidade”.

Faltam dois episódios para o fim de “Crónica dos Bons Malandros”, a série das quartas-feiras exibida pela RTP1, com realização de Jorge Paixão da Costa e inspirada no livro homónimo do jornalista Mário Zambujal. Rui Unas, que dá vida a “Silvino, o bitoque” – pela sua obsessão com carne -, resume, em conversa com a N-TV, os meses de gravações, que já foram afetadas pela pandemia, como começa por recordar.

“Foi o primeiro trabalho que fiz com máscaras e sem elas, um tira e põe constante. Mas ainda bem que aconteceu com este projeto, porque foi especial. Só o estar aqui (nota: na apresentação aos jornalistas) traz recordações muito boas”, começa por referir.

“Nós divertimo-nos imenso e ficámos mesmo amigos, portanto estes malandros são também companheiros”, destaca o ator, que também pode ser visto na novela da SIC “Amor, Amor”.

Sobre os “malandros”, o intérprete reconhece que sentiu o “peso” de se tratar de uma das obras literárias de referência. “É uma obra icónica da nossa cultura, mas não foi difícil, apesar da responsabilidade. Li o livro numa manhã, emprestado pela Maria João (Bastos) e comecei logo a imaginar que as nossas caras colavam nas personagens. Percebi que ia funcionar! O casting é maravilhoso e são as pessoas certas para os papéis”.

Na trama inspirada na obra de Mário Zambujal, o bitoque é o prato preferido de Silvino, um obcecado por carne. “Sou o ator que mais come nesta série e o bitoque é apenas o meu prato preferido quando vou aos restaurantes. Felizmente, não comi tudo o que estava no texto, porque ainda havia mais coisas para comer…”, brinca Rui Unas.

Apesar da pandemia, 2020 foi marcado por novas séries, mais ficção e, até, pelo aparecimento do “streaming” OPTO, da SIC. O ator lembra que os projetos já estavam previstos e que o futuro é incerto. “Apesar de as produções estarem a acontecer, já estavam agendadas. Há incertezas sobre o futuro e só este ano é que vamos perceber o drama que foi 2020. Felizmente, sou privilegiado porque a novela (da SIC) está a acontecer, mas sempre com a iminência de amanhã poder haver algum caso de infeção e a produção ter de parar”, remata Rui Unas.