São seis letras de uma doença que Sara Carbonero se recusou a escrever quando anunciou esta terça-feira que tinha cancro. “Custa-me”, admitiu. Em Portugal, há homens e mulheres que, além da fama, partilham a dor com a mulher de Iker Casillas. E são exemplos de superação.
Sara Carbonero luta contra o cancro. Depois de ter sido operada a um tumor nos ovários, a mulher do guarda-redes do Porto Iker Casillas está em repouso absoluto em Madrid, Espanha. O hospital no qual está internada diz ser um “caso de sucesso” e que, nos próximos dias, a jornalista poderá “receber alta médica”.
Sara é mais uma figura pública a travar uma batalha, em público, contra a doença. Recorde alguns dos casos mais marcantes. Todos são exemplos de superação de uma doença maldita.
Era a gala do 15.º aniversário da TVI e, na passadeira vermelha, os fotógrafos esperavam por uma das estrelas da noite: Fernanda Serrano apareceu deslumbrante, ao lado do marido, Pedro Miguel Ramos, vestido amarelo e com um sorriso no rosto.
Por dentro, estava destruída. “Como é possível ninguém se aperceber do caos instalado dentro de mim? Estava devastada”, revelou a atriz no seu livro “Também Há Finais Felizes”. Estávamos em 2008 e a intérprete tinha acabado de saber que sofria de um cancro da mama, entretanto superado. Fernanda Serrano é um dos rostos mais conhecidos na luta contra o cancro, pelo mediatismo que a doença teve na Comunicação Social. Foram capas e capas, de revistas e de jornais.
É preciso andar sete anos para a frente para encontrar outro caso tão mediático: Sofia Ribeiro. No caso da recém-proprietária do café Filosofia, em Lisboa, foi a atriz que decidiu como, onde e quando as pessoas haviam de saber. A intérprete fez um vídeo numa gruta que se tornou viral a rapar o cabelo, junto a um grupo de amigos. No caso da Cecília da série “A Teia” (TVI), foi a própria que decidiu ir informando os seguidores da evolução da doença. A experiência acabou num livro, “Confia”. Cancro superado em 2016.
É a luta mais recente, mas igualmente a mais discreta. Bárbara Guimarães trava, há um ano, a batalha contra um cancro, também na mama. A apresentadora começou por aparecer de peruca, mais tarde com um lenço na cabeça e há poucas semanas, ao fazer 46 anos, mostrou-se aos seguidores do Instagram com o cabelo rapado. Bárbara Guimarães afirmou que tinha sido “submetida, com sucesso, a uma cirurgia” e está confiante em derrotar a doença.
Em 2017, Carla Andrino foi diagnosticada com cancro. As revistas souberam, mas a mãe da também atriz Marta Andrino antecipou-se e contou tudo no Facebook. A intérprete, que nunca parou de trabalhar, afirmou há um ano que “está tudo terminado”. Mas chamou a atenção para o facto de esta ser “uma doença crónica, que não tem cura”.
Já o ator Gonçalo Diniz conseguiu ir do céu ao inferno num pouco espaço de tempo. Descobriu que ia ser pai da primeira filha em comum com a apresentadora da SIC Sofia Cerveira, enquanto lhe era diagnosticado um cancro nos testículos. Foi protagonista de uma das entrevistas mais fortes do programa “Alta Definição”, na qual revelou que Fernanda Serrano e João Ricardo foram dois dos seus principais apoios. Cancro superado.
Nucha descobriu que tinha um tumor em 2010. A cantora, que venceu o Festival RTP da Canção em 1990 com “Sempre (Há Sempre Alguém)”, superou tudo em 2011. No dia anterior à operação, imagine-se, deu um concerto.
Sofia Alves, que em setembro vai voltar ao pequeno ecrã na nova novela da SIC, descobriu a doença na pele em 2008. “Foram momentos angustiantes”, admitiu a atriz à Imprensa, na altura. Cancro superado.
Simone de Oliveira, Manuela Maria, Ruy de Carvalho e Marco Paulo são outros dos rostos (bem-sucedidos) que enfrentaram o cancro.
A intérprete de “Desfolhada” sobreviveu não a um, mas a dois cancros, em 1988 e 2007, enquanto que a atriz derrotou um tumor da mama diagnosticado em 1989.
Já Ruy de Carvalho foi surpreendido por quatro tumores: um na próstata e três na bexiga. “Estou zangado com o cancro”, disse em entrevista. Cancro superado.
Finalmente, Marco Paulo. O intérprete de grandes êxitos como “Eu Tenho Dois Amores” ou “Taras e Manias” sofreu de um cancro no cólon, em 1996. Inicialmente deram-lhe dois anos de vida, mas Marco Paulo continua a encher as principais salas portuguesas. Cancro superado. Mais um.
TEXTO: Rui Pedro Pereira
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TEXTO: Rui Pedro Pereira
