A “São” e o “Nando” de “Festa é Festa” assinalam um ano de uma novela que era prevista durar quatro meses.
São os “emigrantes” com mais piada da ficção nacional e o trabalho na novela líder de audiências da TVI “Festa é Festa” tem-lhes valido vários elogios, no papel de dois portugueses que vivem em França mas que regressam à Aldeia da Bela Vida.
Agora, um ano passado sobre o início das gravações, que eram para ter durado apenas quatro meses, Sílvia Rizzo e Manuel Marques fazem o balanço das suas personagens e da novela idealizada por Cristina Ferreira e escrita por Roberto Pereira.
“O balanço para nós é positivo, porque tem sido muito bom estarmos neste trabalho, trabalhamos muito, mas divertimo-nos bastante. O ambiente é maravilhoso, rimo-nos, divertimos, choramos… há de tudo”, refere Sílvia Rizzo.
Manuel Marques acrescenta. “O ambiente de trabalho e a química entre a equipa de realizadores e produtores e o elenco é essencial para o sucesso da novela. Curiosamente são eles o nosso primeiro público: é quando temos os câmaras ou os técnicos a rir que percebemos se a cena correu bem. Há um ano que toda a gente vem feliz para estúdio trabalhar”.
Numa novela dominada pelo tom humorístico, Sílvia Rizzo destaca que, em tempos de incerteza, pode ser o melhor remédio para os telespetadores da TVI. “Nós vivemos ainda uma pandemia, uma crise económica e uma guerra… tudo é surreal e é bom desanuviar um bocadinho. Às vezes até parece que há uma certa culpa a nossa diversão, mas isto faz parte da vida. Para mim foi muito importante este projeto nesta altura da minha vida”.
Para já, não há fim à vista e as temporadas sucedem-se: “Cada temporada é o reconhecimento do nosso trabalho, porque isto, inicialmente, estava apontado para três meses e tem sido este sucesso. O público é que decide nestas coisas”, defende a atriz. “Não sabemos quando termina, sabe Deus… nós não sabemos nada, mas no verão espera-se muito calor”, brinca Manuel Marques.
A novela já saiu da Bela Vida, passou por Paris, foi de cruzeiro até aos Açores e, no verão, está no Algarve. “É muito bom quando saímos do núcleo do estúdio e da aldeia e vamos para Paris, para os Açores num cruzeiro, ou de férias para o Algarve: isso tudo enriquece o projeto e enche o olho aos telespetadores. Acho mesmo que a variedade de cenários é um dos segredos do sucesso da novela”, acrescenta Manuel Marques.
De tempos a tempos, o elenco ganha personagens novas. “Ter figuras novas no elenco dá riqueza ao projeto, há personagens que entram e saem: isto é um bocado como a aldeia do Astérix. Andamos sempre às turras uns com os outros, mas se vem alguém de fora…”, concluiu Manuel Marques.