Simone recorda Madalena: “É verdade que fomos rivais nessa época, mas eram coisas de miúdas”

“Há três ou quatro pessoas que marcaram” a história do Festival da Canção. Madalena Iglésias é uma delas, disse Simone de Oliveira. A cantora, de 79 anos, foi uma das figuras a reagir à morte da colega

“Tenho um grande desgosto, uma grande pena. Tenho pena de não a ter visto mais vezes. Ela está muito ligada à minha vida. Não tinha grande intimidade com ela agora, mas faz parte da minha vida”, disse Simone de Oliveira, já esta terça-feira de manhã, sobre a morte de Madalena Iglésias.

Do tempo em que estavam mais próximas, Simone guarda memórias dos “espetáculos todos” que fizeram e das “pequenas birras dos grupos de fãs”. “E guarda muito, muito, o espetáculo dos seus 50 anos do Coliseu [de Lisboa]”. “Já não a via desde que a convidei para vir ao espetáculo dos meus 50 anos de carreira no Coliseu. Ela é a primeira do quarteto a morrer”, referiu Simone, falando de si, de Iglésias, de António Calvário e de Artur Garcia, artistas que marcaram as primeiras edições do Festival da Canção.

“O que fica? Como eu costumo dizer: o resto são cantigas! Ficam as cantigas, o ‘Ele e Ela’ [com que Madalena Iglésias venceu o certame musical em 1966] e a birra entre a Madalena e a Simone”
Simone de Oliveira

A intérprete de “Sol de Inverno” recordou ainda a rivalidade entre ambas na década de 1960. “É verdade que fomos rivais nessa época. Ela tinha um grupo de fãs muito complicado, mas eram coisas de miúdas de 24/25 anos”, rematou.

TEXTO: Ana Filipe Silveira