Suécia ganha Eurovisão, Portugal em 23.º lugar

Fotografia: Instagram Eurovisão

A Suécia venceu na noite deste sábado a 67.ª edição do Festival da Eurovisão. Portugal ficou em 23.º lugar.

“Tattoo”, de Loreen, da Suécia, confirmou as expetativas – e as apostas – e venceu na noite deste sábado a 67.ª edição do Festival da Eurovisão, com 583 pontos, seguida de “Cha Cha Cha”, de Käärijä, em representação da Finlândia (526 pontos) e “Unicorn”, de Noa Kirel, de Israel (362), numa noite em que o sistema de votação regressou ao sistema clássico, com 50 por cento dos votos do público e o restante para os jurados (votaram 37 países).

Portugal, com “Ai Coração”, de Mimicat, ficou em 23.º lugar, com 59 pontos. Nos votos dos países que compuseram o júri, o nosso país ficou, inicialmente, na 18.ª posição, com 43 pontos. A pontuação mais alta foi dada a Mimicat pela Grécia – dez pontos.
Quanto à atuação portuguesa, a intérprete subiu ao palco em segundo lugar entre as 26 canções e o cenário “despido” da primeira semifinal manteve-se, com o “staging” a alternar entre luzes vermelhas e brancas e nem um vislumbre do sofá com que ganhou o Festival da Canção, em março passado. A escolha já tinha motivado milhares de críticas, pela ausência de “leds” ou “fireworks”, com a estação pública a informar que “a atuação da intérprete foi desenhada pela própria artista em colaboração com a restante equipa e da equipa RTP” com “simplicidade, elegância e modernidade”.
No visual escolhido, além do coração de Viana, que já tinha usado na primeira semifinal, a cantora de Coimbra apresentou neste sábado dezenas de imagens de Nossa Senhora de Fátima – ou não fosse 13 de maio -, e brincos “pomba vermelho” da coleção de Ana Moura. O vestido foi desenhado por Dino Alves e o “styling” foi concebido por Manuel Salvador.
Luxemburgo de volta à competição
A noite na Arena de Liverpool abriu com a Kalush Orchestra e o tema “Stefania” – cantada em ucraniano e em inglês -, com que o grupo venceu a competição no ano passado em Turim, Itália. Uma vitória que daria a organização ao país de Leste, mas que a guerra com a Rússia travou e acabou por “cair no colo” de Inglaterra. Seguiu-se o desfile da Eurovision Flag Parade, com os concorrentes a desfilar e Mimicat a usar uma bandeira de Portugal. Depois entraram em palco os quatro apresentadores: Hannah Waddingham a Alesha Dixon, Julia Sanina e Graham Norton, que deram a novidade da noite: depois de ter participado, pela última vez, em 1993, o Luxemburgo volta a tentar apurar-se para a competição no próximo ano. Antes do intervalo, um dos momentos em destaque, com Sam Ryder a cantar ao vivo o seu último “single”, “Moutain”, acompanhado, na bateria, por Roger Taylor, baterista dos Queen. No regresso à emissão houve homenagens a músicas de Liverpool interpretadas por Duncan Lawrence, Netta, Mahmood, Sonia e Cornelia Jacobs. Bjorn Ulvaeus, dos míticos Abba, ainda comentou como a Eurovisão pode criar estrelas e transmissão acabou com a consagração da Suécia.