Familiares das crianças que protagonizam o segundo episódio de “Supernanny”, que vai para o ar no próximo domingo na SIC, querem evitar que o mesmo seja exibido. Em causa, a polémica em torno da violação dos direitos das crianças.
O rol de críticas que caiu em cima da mais recente aposta da SIC para as noite de domingo levou familiares das duas crianças protagonistas do próximo “Supernanny” a contactar a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ). O objetivo foi pedir ajuda sobre como evitar a transmissão do episódio, que vai para o ar no dia 21, avança o “Jornal de Notícias” (JN).
Este diário explica que o contacto não foi feito pelos pais, mas por outros elementos da família. “Estão preocupados, depois de terem assistido ao primeiro programa e não sabem o que fazer”, confirmou a presidente da CNPDPCJ, Rosário Farmhouse.
O JN explica que, “apesar das queixas e da polémica instalada, só o Ministério Público poderá impedir a exibição do programa” e revela que, neste momento, “Ministério Público se encontra a acompanhar a situação e analisar todas as possibilidades legais de intervenção”.
Estreado no passado domingo e com um rol de críticas vindas de diferentes frentes, como a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, a Ordem dos Psicólogos, o Instituto de Apoio à Criança e a UNICEF Portugal, o programa “Supernanny” vai “manter-se na grelha da SIC”, adiantou fonte oficial do canal à N-TV. “Até este momento não estamos sequer a ponderar retirá-lo da antena”, assegura.
A estação de Carnaxide diz que programa cumpre a lei e que “não gera efeitos negativos ou de censura” nas crianças.
Já a produtora Warner Bros. TV confirmou à N-TV que “todas as famílias que participam” no formato recebem da empresa “uma compensação no valor de mil euros”.
TEXTO: Ana Filipe Silveira
