Tony Carreira propõe ajudar vítimas dos incêndios para resolver as acusações de plágio

Tony Carreira propôs esta segunda-feira em tribunal ajudar as vítimas dos incêndios de Pampilhosa da Serra e de Pedrógão Grande com 20 mil euros para resolver o caso de plágio em que está envolvido.

Acusado de plagiar 11 músicas, entre elas “Depois de ti” e “Sonhos de Menino”, temas com os quais atingiu o sucesso que hoje lhe reconhecemos, o cantor foi ouvido esta segunda-feira por uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal, em Lisboa. Tony Carreira propôs ajudar as vítimas dos incêndios com 20 mil euros para resolver o caso de plágio de que é acusado.

“Foi proposto um acordo que desde o início disse que aceitava”, afirmou Tony Carreira à porta do tribunal onde foi ouvido por uma juíza. Mas o cantor propõe agora “dar uma quantia de dinheiro para os incêndios de Pampilhosa da Serra e, à parte disso, um valor para os incêndio de Pedrógão Grande, que estava nos objetivos do próximo ano ajudar”, explicou. Em causa estão verbas equivalentes a 10 mil euros para cada uma das causas, “mas em todo o caso irá para lá disso”, acrescentou Tony Carreira.

O intérprete aguarda agora a resposta de Nuno Rodrigues, proprietário da editora Companhia Nacional de Música (CNM), que fez a denúncia de plágio, crimes que Tony Carreira continua a negar. “Em relação às canções o que havia para resolver ficou resolvido com os devidos autores”, voltou a frisar.

O acordo proposto pela procuradora titular do processo, Cláudia Ribeiro, que Tony carreira recusou, obrigaria o cantor a entregar 15 mil euros à associação Amigos do Hospital de Santa Maria. A segunda parte do acordo contemplava a “entrega de 30 mil euros a transferir para o NIB” que viesse a ser indicado por Nuno Rodrigues, “por conta de todo o prejuízo causado” por este processo e “os factos que a ele deram origem”.

Tony Carreira manifestou-se disponível para pagar a quantia global à instituição social mas não à CNM . A defesa do cantor sustentava que, por “a acusação deduzida ser nula e carecer de fundamento”, o juiz de instrução criminal deve arquivar o processo, “sem prejuízo da disponibilidade para a suspensão do processo”, mas com a condição de não pagar nada à Companhia Nacional de Música.

Tony Carreira está acusado de 11 crimes de usurpação e de contrafação, enquanto Ricardo Landum, autor de alguns dos maiores êxitos da música ligeira portuguesa, responde por nove crimes de usurpação e por nove crimes de contrafação.

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