Toy: cantor de música romântica grava tema de “heavy metal”

Fotografia: Divulgação RTP1

Enquanto se diverte com o resultado das gravações de “Taskmaster”, na RTP1, o cantor trabalha num novo tema de música “a abrir”.

Escreveu as letras para as músicas da novela “Amor, Amor”, da SIC, cantou, na concorrência, em “Pôr do Sol”, da RTP1, está na estação pública no programa “Taskmaster”… e ainda tem tempo para gravar uma música de “heavy metal”. Toy não para e o concerto que vai dar no Rock in Rio em junho – com os fãs a decidirem as músicas que querem ouvir -, culmina um ano de retoma artística e financeira, depois de dois anos marcados pela pandemia da covid-19.

Neste mês, o cantor romântico vai lançar uma música de “heavy metal”. “Pode-se esperar uma canção completamente diferente no ritmo, na letra, na interpretação e no instrumental. O facto de ter gravado com os Trivium, que é uma banda de heavy metal norte-americana, fez-me despertar para um gosto que já tinha quando eu era miúdo”, lembra o cantor à N-TV.

“No meu tempo falava-se em new wave, hard rock, mas ainda não se falava em heavy metal. Gravei com os Prestige na Alemanha quando tinha 22 anos e ganhei o gosto”, acrescenta o artista, que tem uma máxima: “Músico que é músico gosta de toda a música que é boa, independentemente da área ou do estilo. Sou fã dos Iron Maiden e pensei ‘porque não faço uma coisa destas que não custa nada?’ E fiz, de uma forma descontraída, porque para mim a música não tem segredos”.

O tema, “a abrir”, “é em português, com um arranjo mais pesado e metálico” e a capa já está a ser tratada. Toy não resiste: “Eu até agora punha a cerveja no congelador e agora parto o congelador todo!”

Os temas mais acelerados não são uma novidade para o intérprete, que gosta de inovar nos concertos. “Nas receções aos caloiros ou nas queimas das fitas tocamos em encore AC/DC. Sinto ali falta no reportório de uma coisa minha que os miúdos estão à espera”.

Em tempos de menos infeções por covid-19, Toy tem a agenda cheia. “Tenho mais de 60 concertos marcados. Estive em França, Cabo Verde, Suíça, isto assim de repente…”

Sobre a participação em “Taskmaster”, o programa apresentado por Vasco Palmeirim e Nuno Markl no qual as figuras públicas superam desafios, o balanço é o melhor. “Ninguém me leva ao limite, mas houve umas coisas engraçadas, desafiei-me a mim próprio. Tenho 59 anos, mas a mania que tenho 20”, admite.

“Jogo à bola às segundas e às quintas-feiras e sinto-me como um puto. Quero estar vivo porque quero ver agora a minha neta a crescer e que ela olhe para mim e diga ‘o meu avô é um grande maluco’, porque isso é bom, é saudável”.

“Só surpreendi nas provas quem não me conhece! No programa ‘Na Casa do Toy’ peguei um novilho de caras! Se os outros fazem também sou capaz. Tudo o que tem a ver com maluquice é um bocado a minha cara. Gosto mesmo é de me divertir e partilhar isso com outras pessoas” acrescenta Toy.

Sobre o que encontrou no programa, resume: “Tu entras numa sala que nunca viste, vês coisas que são impossíveis de fazer se não pensares bem. Tens tempos e é preciso um raciocínio muito rápido. Eu pensei: ‘como é que faço isto’? Tens de ser um bocado engenheiro e depois há o tal desenrascanço português, no qual juntas o raciocínio e a agilidade”.

“Se a pessoa vai para ali com preconceito ou medo do ridículo não vale a pena. Não tenho medo de me despir ou de dar uma cabeçada. Tem de haver sentimento e autenticidade”, refere Toy, que é recebido de braços abertos por todos os canais. “Tenho bom relacionamento com as pessoas e instituições, não faço exclusividades com ninguém, só com a minha mulher (risos). Não fazendo exclusividade tenho este à vontade de trabalhar com as pessoas. O meu trabalho é fazer canções para eu cantar e outros cantarem em publicidades, novelas, teatros, espetáculos. Depois sou um bocadinho entertainer e nos meus concertos nunca se sabe o que vai aconteceu, eu próprio não sei…” diz, à despedida.