Uma infância de pancada. Lia Gama confessa que nunca denunciou o pai e a madrasta

A atriz teve uma infância marcada pelos maus tratos do pai e da madrasta. Mas garante que nunca os denunciou às autoridades.

Lia Gama esteve no “Alta Definição” (SIC) a recordar alguns episódios da sua vida e revelou, pela primeira vez, momentos desconhecidos, a partir dos quatro anos, quando os pais se separaram e deixou de viver com a mãe para se mudar para a casa do progenitor e da madrasta.

“Não tenho memórias gratificantes. Até ao princípio da adolescência nem me quero lembrar”, confessou Lia Gama a Daniel Oliveira, para explicar aquilo a que se estava a referir: “Não foi uma infância feliz. Levava do meu pai e da minha madrasta. Ele era mais violento”, acrescentou Lia Gama, que se via como “um empecilho” na vida da madrasta.

“Quanto mais me batiam, mais eu não chorava! Levei uma sova monumental porque passei para a terceira classe e o meu cão destruiu-me os livros! Era com cinto e verdasca de marmeleiro!”, recorda a intérprete, revoltada.

Vítima de violência doméstica, a veterana atriz, que recentemente participou na novela da TVI “A Herdeira”, nunca fez queixa do pai e da madrasta: “Era tão agredida que os meus vizinhos fizeram uma carta anónima e o meu pai e a minha madrasta foram ao Tribunal de Menores. Acabaram julgados e absolvidos. Eu nunca os denunciei!”

No final da vida, o pai pediu-lhe desculpa: “Disse-me que não tinha sido um bom pai”, concluiu Lia Gama.

TEXTO: Rui Pedro Pereira

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