Victor Espadinha chama “sacana e anormal” a Moniz. Gabriela Sobral é “raparigo”

Fotografias: Global Imagens

O ator Victor Espadinha diz que tem as portas fechadas para “todos os lados” e dispara em várias frentes, num ataque feroz a José Eduardo Moniz, um dos seus “quatro ou cinco inimigos”, “muito grandes”, e a Gabriela Sobral, a quem chama de “raparigo”.

“Posso dizer os nomes? Eu digo logo, sou maluco”, começa por afirmar Victor Espadinha quando questionado sobre os rivais que foi somando ao longo do seu percurso profissional. José Eduardo Moniz, atual consultor de entretenimento e ficção da Media Capital, dona da TVI, é o primeiro.

“É um dos maiores inimigos que eu tenho porque, em 1987 ou 1988, o Herman José estava proibido pelo poder político e pela Igreja de entrar na televisão e eu disse: ‘O programa é meu e eu convido o Herman José, não me interessa que esteja ou não proibido’. Disseram-me que não podia”, recorda o ator, em entrevista à revista “TV7 Dias”, assegurando que o jornalista Carlos Pinto Coelho, na altura diretor de programas da RTP, “foi corrido” do cargo “porque o poder político pôs lá esse anormal dos pés para o lado, que é o José Eduardo Moniz”.

Depois do operador público, Moniz ocupou o cargo de diretor-geral da TVI, empresa da qual saiu em 2009 e para onde regressou em 2014, agora na função de consultoria. Victor Espadinha reforça que “ele está lá porque é a política que o mete lá” e denomina-o de “sacana” e “bacoco”.

“Farto-me de gozar quando o vejo atrás do
Luís Filipe Vieira, a sombra dele, parece
um empregado de café atrás dele.”

Victor Espadinha sobre José Eduardo Moniz

Se na TVI o ator acredita ter as portas fechadas – “O Moniz não convida. Preferia matar-se”, diz -, na SIC a situação não é diferente. A relação com Gabriela Sobral, responsável pela programação da estação, não é a melhor, revela.

“Depois tenho aquela rapariga… Não sei se é rapariga ou se é raparigo, que gosta da mesma coisa que eu, que é diretora de programas da SIC, só que ela é parecida com o [Luís] Represas e eu sou mais com o Marlon Brando, pronto”, ataca, defendendo que a “rapariga muito bonita, linda” “percebe tanto daquilo como um crocodilo a andar de bicicleta.”

Victor Espadinha justifica-se, dizendo que a diretora da SIC “anda há anos e anos sempre a perder para a TVI”. “Só leva porrada da TVI”, resume, salientando que na altura em que Gabriela pertencia aos quadros da estação concorrente “era a escrava número dois do José Eduardo Moniz”. “É tudo a mesma família.”

“Continuo a ser um grande ator”

O ator, de 78 anos, admite ser “fantástico ter as portas fechadas”, porque é sinal de que “incomoda e incomodar é muito bom”. “Se não me ligassem nenhuma é que era mau.”

O regresso à televisão pode não acontecer em breve. Victor Espadinha garante que existiu a hipótese de participar numa produção da RTP, mas que rapidamente lhe foi barrada: “Também tenho problemas com a SP [Televisão, produtora responsável pelas novelas da SIC e por alguma ficção da RTP] porque o Nuno Artur Silva [administrador com o pelouro dos conteúdos da RTP] quis meter-me num programa da RTP e os gajos da SP Filmes disseram: ‘Eh pá, o Espadinha não, que vamos arranjar represálias com a SIC’”.

Com uma aparente despreocupação, Espadinha afirma que, “no entanto, continua a ser um grande ator.” E apesar das considerações que tece acerca da diretora de programas da SIC, diz que se existisse um convite por parte de Gabriela Sobral para entrar numa novela “era capaz de ir”. “Depende do elenco, da história, não sei.”

TEXTO: Dúlio Silva