Cifrão sonhou alto e concretizou desejo no céu. A N-TV esteve lá e mostra-lhe tudo

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Depois de ter animado os transportes públicos, com a iniciativa “Cifrão põe Lisboa a dançar”, o mediático bailarino atreveu-se a sonhar mais alto. Sonhou e concretizou a ideia no interior de um avião, durante uma viagem a Porto Santo. N-TV esteve lá.

São 06h30 da manhã desta sexta-feira. Cifrão, que é hoje muito mais do que o Zé Milho dos D’ZRT de “Morangos com Açúcar”, reúne-se com a sua equipa e a imprensa no aeroporto Humberto Delgado para embarcarem numa viagem inesquecível.

Com o nascer do dia e a aproximação da hora do voo, que seguiria de Lisboa para Porto Santo, preparam-se as câmaras e as máquinas de filmar para captar o momento em que Cifrão e os seus bailarinos pretendem marcar a diferença. “A dança não tem limites e é uma arte transversal”. A frase, saída da boca do próprio coreógrafo, é o mote para o desafio de apresentar uma performance inesperada no interior de um avião.

O som do aperto dos cintos, as instruções de segurança e o ligar dos motores anunciam a descolagem para a mais pequena ilha habitada do arquipélago da Madeira. Enquanto os turistas se acomodam nas cadeiras e se inteiram da atualidade nacional, Vanda e André preparam a sua apresentação, ao mesmo tempo que o capitão anuncia uma “pequena surpresa” para os passageiros. Ao som de “Porto Santo”, de Carlos Paredes, os bailarinos encantam com uma atuação de dança contemporânea a dez mil metros de altitude.

“Temos o dever e a responsabilidade de representar a dança nos quatro cantos do mundo”, explica Cifrão, depois do aplauso caloroso de todos os presentes. Um dos passageiros surpreendidos é Álvaro Torres, um visitante habitual de Porto Santo. Apesar das recorrentes passagens pela ilha, o lisboeta de 62 anos nunca tinha experienciado uma viagem tão inusitada. “Dançar num corredor tão estreito é um desafio extraordinário. Foi uma forma de nos animar”, disse à N-TV.

Na viagem de regresso a Lisboa da equipa de Cifrão, o desafio repete-se mas nem por isso a surpresa é menor. “O avião como palco é algo inédito, mas foi só uma aproximação daquilo que podemos ainda fazer dentro de um avião”, afirma ainda antes do embarque de regresso à capital.

“Aqui vamos nós outra vez”, desabafa o bailarino André Cabral, instantes antes de o avião descolar. Os rostos dos turistas mostram apatia, característico de quem embarca numa viagem de avião igual a tantas outras. No entanto, poucos minutos depois, Vanda Gameiro e André Cabral voltam a espantar os passageiros e a dar ritmo à viagem.

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Depois de umas férias em Porto Santo, Carla e Luís, de 45 anos, regressam à sua casa em Lisboa, quando são confrontados com uma experiência única em altitude. “Gostámos imenso, não estávamos nada à espera. São precisas mais iniciativas destas, na terra, no mar e em todos os locais”, disse o casal à N-TV. Com a admiração estampada no rosto, o pequeno Diogo, de nove anos, filho de Carla e Luís, revela ter adorado a experiência e que gostava que acontecesse de novo.

No fim da aventura, os bailarinos André e Vanda não hesitam no balanço “muito positivo”. “Foi uma experiência mágica. Espero que tenha feito as pessoas sonhar mais alto”, afirma a consagrada bailarina de danças de salão. André, um dos bailarinos mais versáteis do país destaca que o desafio permitiu crescer criativamente. “É bom quando estamos a trabalhar e ainda nos conseguimos surpreender a nós próprios, e pela reação das pessoas foi algo que vão recordar para sempre. Se num palco já muita coisa pode acontecer, quanto mais num palco que é uma coisa viva”, concluiu o bailarino, que se tornou conhecido dos portugueses no “talent show” da SIC “Achas que sabes dançar”, em 2010.

Na chegada a Lisboa, os passageiros regressam com a certeza de que fizeram parte de uma experiência única e de que foi um voo que nunca mais vão esquecer.