Eurovisão. O número do dia. A final da “Desfolhada” em que terminou tudo empatado

O Festival Eurovisão da Canção teve, até ao momento, 62 vencedores, um por cada final, exceto em 1969. Uma falha no regulamento da competição resultou na atribuição do título de vencedor a quatro países diferentes.

“Vivo cantando”, de Salomé, intérprete que representou Espanha, “Boom Bang-a-Bang”, na voz de Lulu, do Reino Unido, “De Troubadour” por Lenny Kuhr, dos Países Baixos, e Frida Boccara, da França, com “Un Jour, un Enfant” foram os vencedores da Eurovisão em 1969, com 18 pontos cada.

Na época, participaram 16 países, perante um sistema de votação diferente. Por país era eleito um júri, composto por dez pessoas, que atribuía um ponto à sua canção favorita. O problema é que na 14ª edição do festival, que teve lugar em Madrid, Espanha, foi a primeira vez na história do concurso que se deu um empate no primeiro lugar do pódio.

A organização do evento, a União Europeia de Radiodifusão, não estava preparada para este tipo de situação e acabou por atribuir o título de vencedor aos quatro países. Por ser tão inesperada, as medalhas de primeiro lugar acabaram por ser insuficientes para os concorrentes.

Veja as atuações dos quatro vencedores:

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O erro no método de votação, há 49 anos, acabou por incomodar países como a Finlândia, Portugal, Suécia e Noruega, que em forma de protesto ficaram de fora da edição seguinte do Festival Eurovisão da Canção, organizada em Amesterdão.

A representante portuguesa que esteve na cerimónia do dia 29 de março, que contou com a apresentação da atriz espanhola Laurita Valenzuela, foi Simone de Oliveira. A cantora que concorria pela segunda vez, com a canção “Desfolhada Portuguesa”. O tema composto por Ary dos Santos ficou em 15º lugar, com quatro pontos.

TEXTO: Tiago Firmino

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