Portugal na Eurovisão! Depois do insucesso, foi necessária muita “alma lusa” em 1998

Na sequência de dois anos atípicos para Portugal na Eurovisão, depois do 6.º lugar alcançado por Lúcia Moniz em 1996, e dos zero pontos de Celia Lawson, no ano seguinte, “Alma Lusa” foi o tónico necessário no certame de Birmingham.

Formado pela cantora Inês Santos, Carlos Jesus (guitarra), Henrique Lopes (percussão), Carlos Ferreirinha (cavaquinho), Pedro Soares (gaita-de-foles) e José Cid (acordeão e coros), o grupo terminou o concurso na 12.ª posição.

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“Se eu te pudesse abraçar” é uma balada sobre a diáspora dos portugueses pelo mundo, onde a vocalista, Inês Santos, canta a vontade que sente de os abraçar e conversar sobre as suas experiências. A letra (e a atuação) sensibilizou o júri, que nos entregou 36 pontos.

Com 172 pontos, alcançados depois de interpretar o tema “Diva”, escrito por Svika Pick e Ginai Yoav, a israelita Sharon Cohen, mais conhecida pelo nome artístico Dana International, entregou ao país onde nasceu o terceiro e último título no Festival.

Nascida como homem em 1972, Dana submeteu-se a uma cirurgia em 1993, em Londres, para mudar de sexo. Com a vitória no certame, tornou-se uma das celebridades transexuais mais bem-sucedidas no mundo. Durante a sua carreira, já lançou oito álbuns de estúdio e três coletâneas.

Antes de ser descoberta pelo DJ Offer Nissim, que foi o seu mentor e produtor em diversos álbuns, trabalhou como “drag queen” em várias discotecas LGBT de Telavive, a segunda maior cidade de Israel.

TEXTO: Duarte Lago

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