“Podemos tê-la todos os anos?” Trabalho de Filomena Cautela na Eurovisão enaltecido na Europa

Das quatro anfitriãs do primeiro Festival Eurovisão da Canção luso, Filomena Cautela foi a que teve mais oportunidade de “fugir” às inflexíveis regras exigidas pela União Europeia da Radiodifusão. O à-vontade da apresentadora foi notório para os fãs do certame, que lhe teceram rasgados elogios.

Portugal está, na generalidade, orgulhoso do trabalho desenvolvido por Daniela Ruah, Catarina Furtado, Sílvia Alberto e Filomena Cautela. A última, ainda assim, é a que mais se destaca nas reações que os europeus fizeram ao primeiro certame organizado em Portugal.

Na Internet, proliferam-se críticas mais do que positivas ao desempenho da apresentadora do programa “5 Para a Meia-noite”, da RTP1. O momento mais alto das anfitriãs no Eurofestival ocorreu quando as quatro protagonizaram uma coreografia que ilustrou as principais eras do maior espetáculo de música na Europa.

Neste número, Filomena encenou estar a ser obrigada a dançar. Empurrada para o palco da Altice Arena, em Lisboa, a também atriz captou a atenção da plateia com a sua total entrega ao tema “Euphoria”, com o qual a sueca Loreen venceu a edição de 2012 do mesmo festival.

“Ela é, de longe, a melhor anfitriã deste ano. Até aquela parte da dança prova isso”, comentou um fã do espetáculo no YouTube, enquanto outro sublinha que Cautela “tem tudo o que é preciso” para apresentar um evento como este. Um terceiro considera, até, que ela “poderia ter feito isto sozinha”.

“Quero que Portugal ganhe novamente para um show com ela!”, refere-se ainda. “Podemos ter a Filomena todos os anos, por favor?”, questiona outro fã da Eurovisão.

Antes da primeira eliminatória do festival, as quatro apresentadoras deram a primeira e única conferência de imprensa para os 1700 profissionais acreditados no recinto. Já aí, Filomena tinha revelado que era a que teria “um pouco mais de liberdade”, porque a maior parte das suas intervenções seriam feitas a partir da “green room”, onde falou com as delegações dos 43 países a concurso.

“Vou tentar trazer um pouco de diversão aos concorrentes e fazer-lhes questões que ainda não foram feitas nas 715 entrevistas que deram”, brincou Cautela, na altura.

Aos olhos dos espectadores da 63.ª edição da Eurovisão – com uma potencial audiência de 200 milhões de pessoas – a “entertainer” conseguiu, apesar de o cansaço nos últimos dias ter sido notório, como testemunhou a N-TV na Altice Arena durante o ensaio geral da final.

“Elas passam aqui o dia. Tem sido esta a rotina das quatro nas últimas semanas. A Filomena é o caso mais gritante: depois das duas semifinais, pôs-se em minutos nos estúdios da RTP para apresentar o ‘5 para a meia-noite’. Está exausta, mas muito feliz”, assegurou, na sexta-feira, à nossa revista um profissional do operador público de média.

TEXTO: Dúlio Silva

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