Andreia Rodrigues recordou o acidente de viação que sofreu quando tinha 17 anos. À conversa com Júlia Pinheiro, a apresentadora da SIC não aguentou a emoção e foi às lágrimas.
Era de noite e chovia torrencialmente. A comunicadora estava no carro com o seu namorado, que tinha acabado de tirar a carta. Os dois seguiam numa estrada sem luz. Quando passaram por uma curva, o veículo não virou e caíram num precipício.
“Lembro-me de termos ficado numa posição vertical, quase 90º graus em relação à ‘ribanceira’. Olhei para ele e não tive tempo de dizer nada porque o carro entretanto tombou e caiu com o capô, com a cabeça para baixo dentro de um rio”, lembrou.
As janelas partiram, o carro afundou-se no rio e os momentos que se seguiram marcaram Andreia Rodrigues para a vida. “Automaticamente, ficámos sem ar. Porque de cabeça para baixo, imediatamente, a cabeça ficou submersa. Deixei de ter capacidade de respirar”, contou a Júlia Pinheiro.
Naquele instante, a comunicadora não entrou em pânico. Respirou e pensou: “Eu tenho de sobreviver”. “Tinha o cinto de segurança posto […]. Consegui tirar o cinto. Reparei que estava sozinha e o corpo do meu namorado não estava lá”, referiu.
Depois de tentar escapar por diversas vezes do carro, a mulher do diretor de Programas da SIC Daniel Oliveira começou a perder as forças e o corpo a adormecer. “Depois percebi que já não ia conseguir sair sozinha. Percebi que não tinha força. […] Estava cansada e sem forças. Consciencializei-me que ia morrer”, explicou.
A emoção ao recordar o episódio deixou Andreia Rodrigues em lágrimas. “Despedi-me da minha mãe… dos meus”, adiantou. “A mim o que me doeu foi a saudade do futuro”, completou.
Entretanto, quando tudo parecia perdido, a apresentadora do terceiro canal foi puxada para fora de água pelo seu namorado, que afinal tinha conseguido sair do carro pela janela do lado do condutor.
“A sensação que tive ali foi que nasci outra vez”, prosseguiu, adiantando que quando saiu da água estava com uma hipotermia que rapidamente foi tratada pela equipa de bombeiros que estava no local.
TEXTO: Tiago Firmino