António Raminhos está a caminho de Fátima: “Não há um pedacinho do corpo que não doa”

António Raminhos
Fotografia: Instagram António Raminhos

António Raminhos mostrou-se, esta segunda-feira, 3 de outubro, a caminho do Santuário de Fátima a pé. O humorista partiu da Ericeira, com mais um amigo.

O comediante já passou pela Lourinhã e chegou a Óbidos. No perfil de Instagram, António Raminhos fez um balanço dos primeiros dias de caminhada, referindo que lhe dói o corpo todo.

“É das coisas mais difíceis que estou a fazer. Principalmente, por este dia de loucos, onde quisemos levar a caminhada ao extremo. Ia com os medos e obsessões habituais”, começou por escrever, lembrando os problemas de ansiedade: “Por onde vou? Os sítios por onde vou passar têm entulho ou coisas que, na minha cabeça, são contaminadas ou motivo de preocupação?”

“E, se no início, ia tranquilo ainda senti alguma preocupação, mas que rapidamente desapareceu quando o cansaço começou a entrar. Mais! Tudo o que andámos obrigou-me a estar presente no momento. Quando vinha um medo, rapidamente era substituído por um ‘anda mas é que ainda falta muito’”, prosseguiu.

António Raminhos
Fotografia: Inatagram António Raminhos

“E quando, depois de não sei quanto tempo a andar, se olha para o GPS para verificar que só avançamos 800 metros? É nessa altura que desaparece a ansiedade de querer saber quantos kms faltam. É seguir caminho, no presente e no agora. Ou quando as dores já são tantas que pensamos ‘amanhã não vou conseguir’, mas não há tempo sequer para isso. O importante agora… é chegar”, afirmou. “Os últimos dois quilómetros foram das experiências mais exigentes que tive. Não há um pedacinho do corpo que não doa e o único pensamento é ‘tenho de continuar’”, acrescentou.

Seguiram-se os elogios ao companheiro de viagem: “O Rui Marques é um companheiro do caraças, um motivador e atleta nato e vê-lo a falar sozinho com o Rui desmotivador, como se estivesse a delirar, só prova a loucura que é fazer 55 km num dia”.

“Não sei mesmo se consigo amanhã, deem uma forcinha porque se der para meter o pé no chão a malta segue”, concluiu António Raminhos.