Maro recorreu às redes sociais para anunciar uma pausa e o cancelamento da sua tournée. A intérprete acusou ainda o “burnout” como responsável e falou da dor do luto.
De notar que a vencedora do último Festival da Canção da RTP1 e voz do tema “Saudade” está a lidar com o luto da morte do avô. A cantora portuguesa anunciou assim a pausa nos concertos.
“Vou tirar algum tempo de folga a partir desta sexta-feira e estarei de volta a 7 de novembro”, disse, acrescentando: “Infelizmente, não vou fazer a tournée europeia em novembro, nem vou fazer mais nenhum espetáculo este ano”.
Contudo, Maro assegurou um regresso triunfal. “Vou voltar com muita música e notícias emocionantes, se estiveres disposto a ficar por aqui até lá? (três semanas não tão longas hihi)”.
“Obrigada a todos por estarem aqui e por me apoiarem a cada passo do caminho. Fizeram-me continuar a insistir e não desistir. Lembraram-me do propósito. Por isso não consigo agradecer o suficiente”, prosseguiu.
A artista revelou que está a passar por um “burnout”: “A primeira vez que tive uma queixa real foi há dois anos. Descobri que meu avô morreu num domingo de 2020. Toda a minha vida mudou. […] A minha perceção do mundo – como eu o conhecia – desapareceu. E sem perceber, tal trouxe-me a este lugar estranho, sem esperança e sem brilho onde ainda estou, não importa o que eu faça ou o quanto eu tente”, explicou.
“Desde aí, lancei um EP e outros covers com NASAYA, trabalhei e (finalmente) lancei um álbum completo com Blanda, fui ao Festival da Canção (PT), depois estive pela Europa por três semanas, a Eurovisão, Brasil por um mês (mais espetáculo e gravações), seguido de uma ’tournée’ por Portugal e depois outra na América do Norte, dez concertos em 14 dias. Entre outras coisas. Tantos momentos e memórias incríveis, e muitas coisas pelas quais estou incrivelmente grata. Mas também um ‘burnout’”, confessou.
“Doença pesada e com pouca vontade de ficar por muito mais tempo. Assustador, sim. Não estava a entender porque é que a vida continuava a parecer tão difícil”, referiu. “Ainda me sinto afogada no luto e nunca parei para o processar, […] não tive tempo para o entender. Continuei zangada com isso, com o mundo, com a vida”, concluiu.