Carolina Deslandes declara-se a antiga professora: “Mudou a minha vida”

Carolina Deslandes
Fotografia: Instagram Carolina Deslandes

Carolina Deslandes recorreu ao seu perfil de Instagram para recuar no tempo e fazer uma declaração especial a uma antiga professora.

Inspirada por um vídeo do seu filho Guilherme com a sua professora, a cantora recordou-se do seu tempo de infância e declarou-se às suas orientadoras na escola.

“Volto sempre à professora Clara. Que me disse que eu escrevia bem e que contava bem histórias”, começou por escrever.

“Que falou com a minha mãe preocupada porque os meus 11 anos já carregavam muita solidão lá dentro. Volto sempre à professora Clara e ao que faz a uma pessoa ter alguém que lhe diga ‘tu és especial a fazer isto’. Os fogos que acende, os rios que deixa correr. Mudou a minha vida a professora Clara. Nem sei se ela sabe”, acrescentou.

“No meu último dia de aulas, que era também o meu último dia naquela escola, disse-me que eu tinha sido a aluna que mais prazer lhe deu ensinar. Nunca mais me esqueci, professora Clara. Depois disso a professora Pilar, antes delas a professora Margarida, a professora Beta. Todas elas cheias de letras e de palavras nos bolsos, todas elas a estenderem-me a mão e a dizerem-me para ler mais, para escrever mais”, continuou.

“Ontem arrumava as minhas caixas e contei mais de dez cadernos cheios de textos, cheios de poemas e de canções. Cheios de canções que nem sabiam que o eram. Por isso é que para mim continua a não fazer sentido que os professores não sejam vistos com a importância que têm. Os professores alteram as linhas com que nos cosemos, alteram o resto da vossa vida, dão adubo às nossas capacidades e são quem passa mais tempo connosco, para além dos nossos pais. Os professores ensinam a vida”, atirou.

“Olho para trás e orgulho-me das migalhas que tenho deixado na estrada. Mas tenho a certeza que se há ‘A vida Toda’, a ‘Nuvem’, o ‘Por um Triz’ é porque um dia a professora Clara me chamou e disse para eu não parar. Um bem haja aos nossos professores. Ao ensino, à altura em que somos felizes sem saber. E em que nos formamos para a vida”, rematou.