Dalila Carmo: “Enquanto dormir não me vão ouvir queixas”

A protagonista de “Na Corda Bamba” (TVI) grava de sol a sol mas ainda não se sente cansada. Quando isso acontecer: “Não me procurem!”

Dalila Carmo é uma das divas da ficção nacional e, como dona desse epíteto, já teve, ao longo da carreira, direito a desmaios e queixas de muitas horas de gravação. Mas, em “Na Corda Bamba”, a mais recente novela da TVI, a quebra ainda não aconteceu.

“Se já estou a desmaiar? Às sextas-feiras estou com os amigos e aos sábados também pode ser, mas à semana é complicado. Enquanto estiver a dormir não me vão ouvir queixas, mas quando começar a dormir pior… não me procurem”, avisa a Lúcia da trama.

“Estou só com um cansaço estimulante e às vezes saio daqui para corrigir qualquer coisa no dia seguinte. Espero que não venha a acontecer o esgotamento”, deseja a atriz da TVI.

Na novela de Rui Vilhena, a sua personagem já matou um homem e raptou, pelo menos, três menores. Um choque para o público? A atriz não se importa.

“Não julgo a minha personagem no primeiro sentimento! Numa primeira leitura pode haver irritação, mas isso tem de ser esquecido porque não há hipótese de interpretar uma personagem que condene, senão faço só uma performance do papel e eu quero habitá-lo, tenho de acreditar que tudo o que ela faz é por uma boa causa”, começa por defender.

“O que adorava é que o público se identificasse não pelas razões morais, mas pelas piores razões. É inevitável enervarem-se com ela e o Pêpê Rapazote, não é possível gostar de nós o tempo inteiro, mas podem interessar-se. Ai de mim fazer esta personagem a piscar o olho ao público. Se o irritar, melhor. Somos todos peões numa história maior e manipulamo-nos mutuamente”, prossegue.

A inspiração da vilã veio um pouco de todo o lado: “Existem personalidades controversas que são inspiradoras e eu que vivo sem filtros estou particularmente atenta a esses comportamentos. a vida real enche-nos de referências improváveis para que a Lúcia tivesse áreas de sombra muito fortes, mas ao mesmo tempo uma certa leveza sempre que lhe era permitido respirar”, conclui.

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