Guionista que acusa Nuno Lopes de violação diz que ator confirmou relações sexuais

[Fotografia: Pedro Granadeiro / Global Imagens]

Na altura da alegada violação sexual, Nuno Lopes terá confirmado que manteve relações sexuais, defende a guionista americana A.M. Lukas.

Esta segunda-feira, 20 de novembro, a guionista americana A.M. Lukas avançou com um processo judicial contra Nuno Lopes. A também realizadora acusa o ator português de a “drogar e violar” no Festival de Cinema de Tribeca em 2006.

O ator já se defendeu e rejeita todas as acusações e no documento entregue ao tribunal federal do Brooklyn, a cineasta conta que ambos se cruzaram no festival. Na ação judicial, Lukas explica que a 28 de abril de 2006 foi à “premiére” do filme “Journey to the End of the Night” no festival mencionado e que, no local, foi apresentada a Nuno Lopes.

Ambos conversaram e, pouco depois, a guionista terá começado a sentir o corpo “mais pesado que o normal”, perdendo a consciência. As memórias seguintes da realizadora terão sido as do ator português a ter relações sexuais, afirmando não sentir qualquer sensação física. Após o alegado ato, o intérprete chamou um táxi para Lukas.

Mais tarde, a guionista americana revelou ter dificuldades em recuperar a memória da noite e ter a sensação de que “algo não estava certo”. Lukas procurou ajuda no Safe Horizon, uma agência de vítimas de assédio sexual, e foi aconselhada a dirigir-se a um hospital.

Nas instalações médicas, a guionista realizou um exame médico próprio para apurar se havia indícios de violação sexual e tomou um “cocktail” de medicação anti-HIV. A realizadora confessou ter ligado a Nuno Lopes para procurar saber o que havia acontecido na noite anterior.

De acordo com a acusação, o ator confirmou que havia acontecido atividade sexual entre ambos e que não tinha usado preservativo pela maioria da relação. Nuno Lopes, em conversa com Lukas, terá referido que ambos tinham conversado e trocado beijos e que se dirigiram para o apartamento do ator. Segundo a acusação, o artista terá ainda referido que a guionista teria acordado e pedido para terem relações sexuais.

A realizadora americana explicou ainda que foi diagnosticada com transtorno de stress pós-traumático e com transtorno de bipolaridade e que, após a alegada agressão sexual, começou a ter pensamentos suicidas.