Joaquim Sousa Martins fala sobre a infeção da Covid-19 e a morte do pai: “Não me despedi dele”

Joaquim Sousa Martins
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Joaquim Sousa Martins desabafou, esta quarta-feira, sobre os dias em que esteve infetado com a Covid-19 e a morte do seu pai.

O “pivot” da TVI foi convidado na parte da manhã no “Dia de Cristina”. Quando se sentou no sofá, Joaquim Sousa Martins contou que, ao início, não desconfiava que estava infetado porque sofre de sinusite.

“Então, numa segunda-feira, sentia o nariz tapado, dor de cabeça… Achei que não era nada de especial. No dia seguinte, estava igual, mas sentia-me mais cansado”, lembrou, referindo que, na altura, a sua mulher disse-lhe para fazer o exame de deteção. “Quando soube do resultado positivo, fiquei tranquilo”, adiantou.

No início da quarentena, o jornalista da TVI não sentia qualquer sintoma. No entanto, com o passar dos dias a situação agravou-se. “Sentia-me verdadeiramente doente. Não me mexia, não conseguia estar acordado muito tempo, depois à noite não dormia com dores no corpo, não tinha força”.

Além das dores físicas, o profissional da estação privada garantiu que existiu um “lado psicossomático muito pesado” por não saber o que iria acontecer nos dias que se seguiam.

Enquanto esteve em casa, Joaquim Sousa Martins partilhou este momento difícil com a sua mulher, Andrea Nunes, que também esteve infetada: “Vivemos com dois miúdos, que deram negativo. Felizmente, vivemos numa casa grande e mandámos os miúdos para o primeiro andar. Quando eram horas de almoçar, eles desciam, iam à copa, comiam e subiam para o quarto”, recorda.

Durante a conversa com Cristina Ferreira, o jornalista abordou a morte do pai. “Ainda bem que não me despedi do meu pai. Não fiz luto. O meu pai está aqui connosco todos os dias. […] Eu acredito piamente que o meu pai está a tomar conta de mim”, afirmou.

“Faz parte da vida. Acho que a espécie esta preparada para a perda. […] Agora, é o momento mais difícil da vida de uma pessoa. É horrível. Não te sei explicar”, acrescentou, referindo que há dois anos que o seu progenitor estava “mal”.

“No dia antes do meu pai falecer a minha irmã liga-me e diz: ‘Mano, como é que queres fazer?’ e eu estava a passear com a minha mulher junto ao mar e disse: ‘Não vou para cima já. Não vou atirar esta toalha para o chão. Entretanto, na noite em que ele faleceu, por volta das cinco da manhã, acordei às cinco da manhã. E, agora, pergunta-me lá?” disse Joaquim Sousa Martins.

Em lágrimas, o “pivot” explicou que se emociona de alegria. “Não consigo falar do meu pai sem me emocionar. […] Isto não é uma tristeza, é uma alegria enorme de o sentir dentro de mim e ao meu lado todos os dias”, prosseguiu.

No dia em que o pai morreu, Joaquim Sousa Martins foi ao seu armário e tirou um “lenço” verde, com o qual anda todos os dias. “Ando todos os dias. E cheira ao meu pai. Já o lavei, já pus perfume, mas cheira ao meu pai”, referiu.