Jorge Gabriel perdeu o pai, no ano passado, para a covid-19 e, em entrevista a Júlia Pinheiro, no vespertino “Júlia”, na SIC, o apresentador recordou o progenitor de forma emotiva.
O comunicador também perdeu a mãe, antes de fazer 70 anos, tendo deixado o marido sozinho.
“Tenho uma relação com o divino e com a espiritualidade que me sossega, sou um crente de que isto não termina. Passei foi a deixar de ver a minha mãe. Acho que a encontro todos os dias, não a consigo ver”, começou por referir.
De seguida recordou o pai e o acidente que sofreu.
“O meu pai viveu sozinho até aos 93 anos. A ter que subir e descer 72 graus todos os dias. Fazia questão de ir almoçar e fazer as compras todos os dias na Amadora. Um dia caiu nas escadas e não me conta, e foi um vizinho que me telefonou a avisar. Era preciso tomar uma decisão, só que não queria impor ao meu pai aquilo que não desejo que os meus filhos me imponham um dia. Tinha que ser uma decisão partilhada”, contou.
“Sento o meu pai e pergunto se tem alguma coisa para me contar. ‘Estás lúcido, eu felizmente também, portanto vamos de homem para homem ter aqui uma conversa’. O momento mais constrangedor da minha vida foi ter o meu pai a chorar a ceder e a dizer ‘sim, eu preciso de sair daqui, preciso de ajuda’. Coloquei todas as opções em cima da mesa e queria que fosse ele a decidir. É muito difícil. Entras dentro de uma turbina em que tudo está em causa”, rematou.