Jornalista Mário Augusto revoltado e com “vergonha” das instituições na ajuda à filha

Mário Augusto
Fotografia: Instagram Mário Augusto

O jornalista Mário Augusto recorreu às redes sociais para mostrar a sua indignação com a falta de resposta dos serviços sociais na ajuda à sua filha, que precisou de uma cadeira de rodas.

A filha do jornalista da RTP1, Rita, sofre de uma paralisia cerebral e, há pouco tempo, foi submetida a uma cirurgia na coluna. Mário Augusto revela, agora, a indignação por aquilo que considera ser a pouca eficácia de algumas instituições.

“Por estes dias em que a dor, aqui e ali, rouba a vivacidade à Rita, sejam as contraturas, as pequenas lesões que ficaram e esperamos fintar em permanência, simples revoltas de dor para logo a seguir procurar ânimo, por vezes sentimos que a Rita anda genuinamente sorridente como quem procura a peça solta do puzzle que ela encaixa todos os dias com o entusiasmo do primeiro que conseguiu montar”, começou por relatar nas redes sociais.

“A resiliência dela é inoxidável quando, pelos anos, a nossa vontade já oxida e enferruja. A Paula e a Rita fundem-se no dia-a-dia, são cúmplices como irmãs de idades soltas, seja nas aulas do mestrado na Universidade de Aveiro, nas idas a todos os lugares, na atitude curiosa da Rita de ser conselheira e opinativa”, assegurou.

“Só mais um recado: Já agora e para que saibam… da Segurança Social de Aveiro, nem pio, nem um postalinho ou mensagem que lhes denuncia a falta de respeito, a vergonha por não terem cumprido até agora o que prometeram e pior ainda dar uma satisfação conforme prevê a lei”, acusou.

“Em junho disseram (ano e meio depois da prescrição) que a cadeira da Rita, depois de umas quantas peripécias, estava já cabimentada, seria enviado o valor da referida cadeira. Encomendei – tal como mandaram fazer – a tal cadeira, ela já veio e apesar da lei ser muito clara nos prazos de resposta (pelo menos resposta ou uma satisfação ao utente), nem aluindo por aqui a incompetência ou insensibilidade de quem coordena estes organismos, nada!”, desabafou.

“As orelhas moucas de quem lidera (neste caso a Segurança Social de Aveiro) não lhes dá sequer um sentimento de vergonha por não cumprirem nem prazos, nem direito a respostas ou justificações por não satisfazerem a lei de informar sobre o estado das coisas. Outra vez vergonha, esperemos que seja o Pai Natal a trazer a boa nova, ou uma notícia que seja”, referiu.

“Penso muitas vezes naqueles que sofrem sem conhecer os direitos, são ignorados pelos serviços e burocracias e quando levantam o dedo há sempre alguém a fazer tiro ao alvo de um dedo de indignação e revolta”, rematou.