Marco Paulo começou a nona sessão de quimioterapia que é “mais forte” na luta contra o cancro. As cinco horas deixam-no “extenuado”, mas o cantor diz que a situação de saúde está “estável”.
Marco Paulo foi um dos convidados da SIC na gala dos Globos de Ouro deste domingo à noite, 1 de outubro. O cantor, que luta contra o cancro e está a fazer tratamentos de quimioterapia – nos últimos dias “mais forte” -, disse à N-TV que a presença no evento “foi um prémio”.
“Sinto-me bem, mas ao subir a escada cansei-me um bocadinho. Estar aqui no Coliseu dos Recreios já é um prémio, com os tratamentos que faço todas as semanas, a quimioterapia…”, começou por referir à nossa reportagem.
“Estou a fazer quimioterapia um bocadinho forte, os comprimidos não resultaram, depois fui para quimioterapia intravenosa e agora estou a fazer esta mais forte. Volto a fazer daqui por dois dias”, acrescentou Marco Paulo.
“Levo cinco horas a fazer quimioterapia, não sei onde vou buscar as forças. Os primeiros dias são difíceis mas, depois, conforme os dias passam, vou aguentando melhor e já não tenho aqueles efeitos de vomitar”, afirmou.
“Entrei agora na nona sessão de quimioterapia, não estou curado, mas as coisas estão a correr muito bem, estáveis”, vincou, para afirmar que pode ser uma inspiração para os doentes oncológicos: “Sou doente, mas sou uma figura pública, sempre fui presença assídua na televisão. É natural que desperte a atenção das pessoas sobre os meus tratamentos, até posso ajudar outros doentes, que podem pensar: ‘se o Marco Paulo, com aqueles tratamentos, consegue aguentar e ultrapassar, eu também vou conseguir”.
O cantor rejeita, por outro lado, protagonismos. “Isto não é maneira de expor a doença nem querer ser mais importante do que os outros. O meu estado de saúde obriga muitas pessoas a olharem para esta doença de maneira diferente. Se eu consigo ultrapassar o cancro, eles também conseguem, é preciso confiar!”
Marco contou o que tem sido mais difícil: “Esta quimioterapia é mais forte e tem estado a resultar, o mais difícil são as cinco horas na cadeira a fazer quimioterapia, saio de lá extenuando. Eu, que há 55 anos, tive sempre milhares de pessoas à volta, a sorrir, a bater palmas e a cantar… sinto-me ali um ser humano normal. que sofre, está a ser tratado e tem as mesmas dores que os outros têm”.
Uma palavra final para o programa que apresenta ao lado de Ana Marques, o “Alô Marco Paulo”, aos fins de semana. “Decidi vir este ano aos Globos porque trabalho com a SIC, sou uma ‘estrela’ da SIC (risos). Apresento um programa todas as semanas que lidera as manhãs e estou muito contente porque transformei um formato que ao princípio parecia que não ia dar nada – ia só fazer três programas – e já fiz 100 emissões”.