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Maria Botelho Moniz recorda morte do namorado: “Deixei de ter presente e futuro”

Fotografia: Instagram de Maria Botelho Moniz

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Maria Botelho Moniz esteve à conversa com o “Observador” no segmento “Labirinto – Conversas sobre Saúde Mental” e recordou a morte do namorado.

A apresentadora, de 37 anos, publicou, neste domingo, 5 de outubro, um excerto da conversa onde abordou a dor da perda e as dificuldades que se seguiram.

“Falar sobre a dor não é mantê-la viva, é mantermo-nos sãos. No meu caso é normalizar aquilo que é universal mas que tantas vezes é vivido em silêncio. Falar é saber que não estamos sozinhos e, no limite, é mantermo-nos vivos. Enganem-se os que pensam que quem perde alguém vive agarrado ao passado. Quando o processo é bem feito, vivemos a dar valor ao presente e a saber que o futuro nos trará sempre luz”, legendou.

No vídeo partilhado no seu perfil de Instagram é possível ouvir a comunicadora recordar como se sentiu ao receber a notícia da morte do namorado.

“A mim aconteceu-me muito cedo. Eu senti-me viúva com 29 anos. A perda, a dor da perda, é a dor mais universal”, começou por explicar.

“Quando te falam da ideia de, andar para a frente, andar para a frente, para onde? Se eu deixei de ter presente e futuro, eu não sei o que é que a minha vida vai ser. A minha vida neste momento não é nada”, acrescentou.

O rosto de entretenimento da TVI referiu ainda o que mudou em si: “Por muito remendo, por muito que esteja tudo colado (…) nós já não somos a mesma pessoa. Porque um dia o telefone tocou e nos disseram que a pessoa que mais amamos no mundo, deixou de existir”.

“O tempo, a única coisa que faz é ajudar a que tenhamos distância do livro que no primeiro dia está colado no nosso nariz, mas não cura absolutamente nada”, confessou.

“A certa altura tem de se escolher: eu vou viver com uma nuvem negra em cima da cabeça, ou eu vou arrumar isto e aprender com a tristeza e não ser um peso para os outros nem para mim própria”, concluiu.