Marilyn Manson acusado de ter cela para torturar mulheres: “Primeiro tu lutas e ele gosta”

Marilyn Manson
Fotografia: Instagram Marilyn Manson

Marilyn Manson, nome artístico de Brian Warner, de 52 anos, foi investigado, pela revista norte-americana “Rolling Stone” durante nove meses devido a acusações de abuso físico, sexual e psicológico.

O artista já foi acusado por mais de uma dezena de mulheres incluindo algumas ex-namoradas. A investigação sobre o músico resultou em dez grandes conclusões. Uma das quais foi a de que o intérprete tem um padrão de alegados maus tratos a mulheres é anterior à fama, pois já em 1997 o cantor descreveu o relacionamento com a sua mãe como “estranho, porque era meio abusivo, mas da minha parte”. Também Tim Vaughn, amigo do artista, referiu que, em 1990, se recorda de o ver perseguir a progenitora com um pé de microfone. O artista relatou na autobiografia ter abusado de uma mulher a que chamou “Nancy” como parte do espetáculo.

Outra dedução diz respeito ao facto de os alegados abusos sexuais terem começado na década de 90, uma vez que, três pessoas que dizem ser amigas do músico afirmam que, no início dos anos 90, o cantor mostrou-lhes vários encontros sexuais que tinha gravado com uma câmara de vídeo.

Ao que tudo indica as violações são tema frequente das piadas contadas pelo artista. Vários amigos antigos de Marilyn Manson confessaram que o tema das violações é algo comum no humor da voz de “Tainted Love” e algo que aumentou com o tempo. Esmé Bianco, estrela da série “A guerra dos tronos” e antiga namorada de Manson confirmou o fascínio deste pelo tema. “Ele adorava a ideia da violação, falar de violações. Vê-las nos filmes, adorava. Antes mesmo de eu ter namorado com ele, ele falou em violar-me”, afirmou.

Marilyn Manson adora a palavra “preto” para identificar pessoas negras é outra das descobertas da investigação. Também a sua fixação com o nazismo foi algo abordado com várias fontes a afirmar que o seu interesse nesta ideologia é muito mais profundo. Esmé Bianco confessou que o intérprete a “espancou com um chicote nazi”. Já, em 2015, a revista “Rolling Stone” tinha noticiado o facto de o artista ter em casa uma lata não utilizada de Zyklon B, o gás letal que os nazis usavam para matar judeus durante o Holocausto.

Existem vários relatos sobre agressões aos funcionários e membros da banda. Durante o processo de investigação várias pessoas foram ouvidas pela publicação “Rolling Stone” e relataram: “Era um mestre em técnicas de controle mental praticadas por líderes de cultos e pedia aos empregados, namoradas e ‘groupies’ que se chibassem uns aos outros e lhe relatassem o que diziam de mal sobre ele. Era um ambiente em que não se podia confiar em ninguém”. Também durante alguns concertos, Manson já agrediu colegas tal como aconteceu, em 1996, durante um showcase da editora atirou um microfone ao baterista Kenneth Wilson, que foi parar ao hospital.

Algumas ex-namoradas de Marilyn Manson alegam que o músico converteu uma cabina de som do apartamento em West Hollywood, na Califórnia, EUA, numa “cela para meninas más”, que era usada para torturas físicas e psicológicas. Os relatos afirma que o intérprete fechava as namoradas na cela de vidro, à prova de som, mantendo-as em confinamento forçado horas a fio. A atriz Ashley Morgan Smithline, ex-namorada do cantor, contou à publicação que Manson a forçou àquela prisão que era do tamanho de um roupeiro. “Primeiro tu lutas e ele gosta da luta. Aprendi a não lutar contra a vontade dele, porque isso era dar-lhe o que ele queria. Simplesmente evadia-me dentro da minha cabeça”, recordou.

Confrontado com as acusações o cantor afirma que são “simplesmente mentira”.

Os relatos das mulheres que apresentaram acusações de abuso contra o músico afirmam que os relacionamentos iniciavam sempre de forma muito intensa, alegre e com gestos de amor, algo que Esmé Bianco caracteriza como “bombardeamentos de amor”.

Marilyn Manson é também acusado de múltiplas agressões sexuais e abusos físicos, pois pelo menos dez mulheres detalham acusações contra o cantor em entrevistas e registos judiciais consultados ​​pela “Rolling Stone”. Smithline, no seu processo, alegou que foi sufocada, estrangulada, mordida, queimada e marcada com as iniciais “MM” na sua coxa sem consentimento. A atriz afirmou que foi violada “várias vezes”.

Já Esmé Bianco explicou que a relação “incluía um padrão de pesadelo de drogas, abusos físicos e agressão sexual”.

O artista terá negado as acusações através do seu advogado: “Essas reivindicações sinistras contra o meu cliente têm três coisas em comum: são todas falsas, supostamente ocorreram há mais de uma década e são parte de um ataque coordenado por ex-sócios e associados do meu cliente que transformaram os detalhes mundanos da sua vida pessoal e dos seus relacionamentos consensuais em histórias de terror fabricadas”.