Depois de quase um ano e meio de pausa, devido à pandemia, Marina Mota regressa com a peça “E Tudo o Morto Levou”, em Alverca. E grava novela para a TVI.
Ela está de volta e a dobrar. A gravar a nova novela da TVI “Para Sempre”, Marina Mota prepara-se, em simultâneo, para voltar a pisar os palcos com a encenação do espetáculo “E Tudo o Morto Levou”, ao lado dos atores Rui de Sá, Sara Brás e Nuno Pires. A peça ainda arrancou a Norte, mas rapidamente foi interrompida por causa da covid-19.
“O ‘Morto’ ficou-se pelo Porto e agora, se tudo se mantiver, recomeçaremos em novembro, em Alverca”, diz Marina Mota em entrevista à N-TV.
A atriz e a equipa vão começar do zero. “Vou ter de recomeçar a ensaiar, há readaptações cenográficas, porque o cenário está encaixotado há mais de um ano… temos de fazer tudo outra vez, porque é impossível atores e técnicos lembrarem-se de um projeto que só fez quatro espetáculos e fará exatamente um ano em novembro”.
“Tenho sempre saudades do palco. É a minha casa. A TVI também, mas teatro… é teatro. O que me dói foi encaixotar o espetáculo e deixar técnicos e atores que trabalhavam comigo no desemprego”, acrescenta, sobre os efeitos da pandemia. “Candidatei-me a um apoio para o recomeço da atividade, mas isto não tem retroativos e quem passou mal no último ano e meio… mas estou com muita Fé!”
Sobre a pandemia, Marina Mota diz ser pragmática. “Tenho o maior respeito, mas acho que a vida continua e isto vai passar. Há muita gente mal e quem não tenha dinheiro para comer e com isso é que me preocupo; eu não, estou a trabalhar, bem de saúde e a minha família também”.
A atriz está de volta à ficção nacional, com a “Antónia” de “Para Sempre”, da TVI, na qual dá vida à mãe de “Pedro” (Diogo Morgado), que abandonou na infância. É uma nova-rica, do Norte, que não tem escrúpulos, é fria e egocêntrica. “É uma mistura de gente que se cruzou na minha vida”, resume.
Um registo diferente das personagens cómicas ou simpáticas que costuma interpretar. “Não será uma personagem simpática aos olhos do telespetador e será bom se assim se mantiver. Vamos ver se o público não gosta de uma mazinha”.
Marina Mota passou de cabelo castanho para loiro, mais curto, e garante que não lhe faz diferença. “Como já fiz muitos bonecos no género teatral, já tive cabelos de vários tipos. É evidente que este tenho de o manter ao longo das 24 horas. Não desgosto, é prático, quando lavo, porque quando tenho de fazer manutenção é uma chatice!”