Ministra da Cultura faz balanço em tempos de pandemia

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A ministra da Cultura, Graça Fonseca, fez um pequeno balanço sobre os principais desafios que encontrou para defender as artes em tempos de pandemia.

À conversa com Manuel Luís Goucha no programa “Você na TV!” (TVI), Graça Fonseca explicou que a Cultura e a Economia devem andar de mãos dadas e, por isso, tem de se preparar bem este ano porque Portugal não vai receber muitos turistas.

“Vai ser um verão muito atípico. Não vamos ter muito turismo externo, para não dizer que não vamos ter praticamente nenhum. Temos de reinventar a programação cultural em todo o país, porque é fundamental para a normalidade da vida das pessoas. É isso que nos dá confiança para voltarmos a sair”, referiu, defendendo que: “A cultura é um motor fundamental para a Economia, para a coesão territorial e para o bem-estar de cada um de nós”.

Para a ministra em funções, o isolamento social veio comprovar o valor das artes. É por esta razão que nos últimos meses Graça Fonseca refere que trabalhou “arduamente” para defender esta área.

Ao longo destes últimos dois meses tive uma batalha com três frentes. A primeira frente foi garantir, sempre, quem em todas as medidas aprovadas pela área da Segurança Social, da Economia, das Finanças, tivessem sempre normas flexíveis para que todos os artistas, técnicos, trabalhadores independentes desta área estivessem sempre abrangidos. Foi uma batalha conseguida. Os apoios sociais são elegíveis a pessoas que descontaram três meses, ou seis meses interpolados, e esta semana em Conselho de Ministros foi alargado para quem não tenha feito descontos ao longo dos últimos 12 meses”, contou.

“Do lado da economia, em tudo o que são linhas de apoio batalhamos para que as cooperativas e as associações fossem elegíveis […] A segunda é que durante este tempo existissem algumas medidas de emergência”, acrescentou.

Quando questionada sobre os festivais de música que foram cancelados até 30 de setembro, a ministra da Cultura foi perentória: “Foi determinado que iriam ser definidas condições entre a Cultura e a DGS de quais são os que poderão ser realizados”.

Sobre os artistas que têm atuado nas redes sociais e nas varandas de forma gratuita, Graça Fonseca acredita que esses acontecimentos têm de acabar. “Não pode ser gratuitamente, temos de terminar com isso. Não há nenhuma razão para que o trabalho dos artistas não seja remunerado”, atirou, assegurando que vai estar a acompanhar a “reabertura progressiva da cultura”.