O tributo de José Raposo ao “grande” Norberto Barroca

José Raposo
Fotografia: Instagram José Raposo

José Raposo prestou tributo ao “grande” Norberto Barroca, que morreu há uma semana quando tinha 82 anos, enumerando as qualidades do ator.

O ator recorreu ao perfil da rede social Instagram para homenagear o colega de profissão e “um dos grandes nomes do Teatro em Portugal”: Norberto Barroca.

“Há precisamente uma semana deixou-nos um dos grandes homens de teatro em Portugal! O Norberto Barroca dirigiu-me na peça ‘Volpone‘, de Ben Jonson, que encenou no Teatro Aberto, em 1986″, começou por escrever o intérprete.

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NORBERTO BARROCA – Há precisamente uma semana deixou-nos um dos grandes homens de teatro em Portugal! O Norberto Barroca dirigiu-me na peça “Volpone” de Ben Jonson, que encenou no Teatro Aberto em 1986. E quero registar o meu reconhecimento pelo seu valor imenso, não só profissional, pelo conhecimento profundo e amor que tinha a esta arte, como também humano, pelo trato, respeito e admiração que tinha pelos actores! Além de encenador, ele foi actor, declamador, cenógrafo, figurinista, professor, autor. Começou no teatro universitário através de Fernando Amado, personalidade intelectual de grande importância no teatro português do qual pouco se fala, e com ele estreou-se no Grupo Fernando Pessoa, em 1960. Em 1964 foi protagonista da peça “Deseja-se Mulher” de Almada Negreiros, na Casa da Comédia, onde se iniciou como encenador em 1967 com a peça “As Noites Brancas” de Dostoievski. Além de diversas distinções, em 1969 ganhou o Prémio da Imprensa de Encenação com a peça “Fando e Lis” de Fernando Arrabal, com o qual obteve uma bolsa da F. C. Gulbenkian para estudar em Londres na East 15th Acting School. Esteve no Teatro Experimental de Cascais e encenou espetáculos em: Teatro Estúdio de Lisboa, 1.º Acto de Algés, A Barraca, A Comuna, Teatro Aberto, Teatro S. Luiz (que dirigiu), Teatro Maria Matos, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Laura Alves, Teatro ABC e Teatro Maria Vitória. Trabalhou em Viseu, n'”A Centelha”, projeto de descentralização no final da década de 1970, e no Porto, na Seiva Trupe, levando à cena "Um Cálice de Porto", que foi apresentado durante dois anos em várias cidades do país e na Galiza, em Espanha. De 1998 a 2009, foi diretor artístico do Teatro Experimental do Porto. Em cinema e televisão, destacam-se as suas atuações em "Se Eu Fosse Ladrão… Roubava", o último filme de Paulo Rocha, "Singularidades de uma Rapariga Loura" e "Cristóvão Colombo – O Enigma", de Manoel de Oliveira, "Passagem por Lisboa" e "A Santa Aliança", de Eduardo Geada, "Coitado do Jorge" e "Agosto", de Jorge Silva Melo, "Os Putos" e "Noites Brancas", produzidos pela RTP, entre mais de três dezenas de filmes e séries filmadas. Até sempre! #norbertobarroca #homenagem

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De seguida, José Raposo partilhou o amor que Norberto Barroca tinha pela arte. “Quero registar o meu reconhecimento pelo seu valor imenso, não só profissional, pelo conhecimento profundo e amor que tinha a esta arte, como também humano, pelo trato, respeito e admiração que tinha pelos atores”, prosseguiu.

“Além de encenador, ele foi ator, declamador, cenógrafo, figurinista, professor, autor. Começou no teatro universitário através de Fernando Amado, personalidade intelectual de grande importância no teatro português do qual pouco se fala, e com ele estreou-se no Grupo Fernando Pessoa, em 1960″, recordou, referindo todos os trabalhos mais marcantes do colega.

Em menos de dois meses, esta é a sua segunda morte a que José Raposo reage publicamente. Em dezembro do ano passado, o ator já tinha lamentado o facto de José Lopes ter sido encontrado sem vida

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