Sinead O’Connor deixou os fãs e os colegas de sobreaviso quando publicou um vídeo nas redes sociais a afirmar sentir-se “completamente sozinha”, devido às suas três doenças mentais. A cantora irlandesa já está a receber cuidados num hospital de New Jersey.
O vídeo gravado no quarto de um motel em Hackensack, na Nova Jérsia, nos Estados Unidos, mostrava um pedido de ajuda perturbador em que a cantora de “Nothing Compares 2 U” se revelava suicida e a viver uma luta diária. Os fãs acorreram em ajuda, alguns através das redes sociais e outros até indo ao motel, embora O’Connor já tivesse saído. Nem os colegas ficaram indiferentes: Annie Lennox, vocalista dos Eurythmics, perguntou onde estavam os amigos e a família da cantora irlandesa.
Esta quarta-feira, uma mensagem de tranquilização foi publicada na página de Facebook de Sinead por alguém que estava a cuidar da cantora, dizendo que esta está “a salvo” e “rodeada de amor”. Agora, o jornal britânico “Daily Mail” avança com uma notícia reconfortante para os fãs da artista de 50 anos: Sinead O’Connor está a receber cuidados num hospital.
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Uma disputa legal complicada com o seu agente e antigo amante, Fachtna O’Ceallaigh, parece estar a piorar os problemas da cantora. O’Ceallaigh, de 70 anos, conheceu-a quando esta tinha apenas 17, e ajudou-a a atingir o estrelato. Está agora a processar a antiga parceira em cerca de 502 mil euros por esta ter, alegadamente, terminado a relação profissional entre os dois sem aviso (através de um “e-mail muito colorido”) e ainda o ter difamado numa carta que publicou no seu “site” e no de uma fã.
As acusações são negadas por O’Connor, mas o seu advogado, que esteve presente no pré-julgamento em Dublin no fim de julho, afirma que a saúde da cantora tem atrasado a sua capacidade de se defender a si mesma.
Quando falou do relacionamento romântico dos dois, em entrevistas mais antigas, Sinead referiu-se a ambos como sendo pessoas determinadas, o que se podia comprovar vendo tudo o que já tinham alcançado juntos. Fachtna, por seu lado, também mostrara sempre empatia pela sua protegida, afirmando que “a mesma coisa que a torna ótima, que gera alegria e preenchimento no seu trabalho, também lhe causa muita dor e dificuldades”, e frisando que é doloroso ver a forma como O’Connor vive, por vezes, a sua vida.
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Deixaram de ser um casal na altura do lançamento da música “Nothing Compares 2 U”, mas foi a separação profissional, em 2012, que realmente mudou a relação. Desde essa épica, em que estava a tentar relançar a sua carreira na Alemanha, Sinead tem-se mantido afastada da Irlanda, ontem tem os quatro filhos: Jake, de 29 anos, Roison, de 21, Sahne (cuja custódia já perdeu), de 13, e Yeshua, de dez.
A última vez que O’Connor foi vista em palco foi no ano passado num tributo a David Bowie, com o seu amigo e baterista Matt Walker, para casa de quem se mudou no início deste ano.
Já em maio de 2015 a cantora irlandesa tinha gerado preocupação pelo seu bem-estar quando foi passear de bicicleta e não voltou, levando a uma vasta busca da polícia. Poucas horas depois, o medo de que tivesse decidido acabar com a própria vida aumentou, quando uma mensagem que falava do trauma emocional que sofreu ao longo dos anos foi publicada na sua conta do Facebook. Acabou por ser encontrada num hotel a poucos quilómetros, e desde aí tem estado a receber ajuda de um psiquiatra, que, no vídeo publicado na semana passada, refere como “homem mais querido da face da Terra” e a quem diz dever o facto de estar viva.
Sinead O’Connor já tinha falado múltiplas vezes dos seus problemas psicológicos e de por vezes se debater com a ideia do suicídio. Os defensores da saúde mental expressaram a sua esperança de que o vídeo publicado pela cantora tenha um impacto positivo em outras pessoas nas mesmas condições.
