“Podia entrar em coma”. Ana Marques revive período após parto das filhas

Nove anos depois de dar à luz as filhas gémeas, Francisca e Laura, Ana Marques recordou, em conversa com Júlia Pinheiro, o período de aflição que viveu durante o parto e o período que se seguiu.

Na altura, a apresentadora do programa “Passadeira Vermelha” (SIC) enfrentou um parto complicado porque sofria de pré-eclâmpsia, um problema de saúde que consiste na falência de um rim, e, em simultâneo, as filhas corriam o risco de nascer com seis meses e meio de gestação.

“Entrar na maternidade Alfredo da Costa é entrar na prisão, não que seja um sítio mau, mas é habituares a um novo mundo. Agora o teu mundo é aquilo, são aquelas pessoas, aquelas rotinas, aquela comida”, começou por explicar, esta terça-feira, à apresentadora de “Júlia”.

“Não tive tempo de sentir aquela coisa de ‘eu sou mãe’, porque eu só queria que as levassem para um sítio qualquer onde as salvassem. Foi para isso que me mentalizei aquele tempo todo de internamento”, prosseguiu.

Após as suas filhas nascerem, Francisca com 1,735 kg e Laura com 2 kg, apanhou um novo susto. Desta vez, estava em risco de entrar “em coma a qualquer momento” por causa do seu fígado.

“Há um momento em que finalmente adormeço e só sinto que me vêm buscar [para levar para os cuidados intensivos]. Em vez de serem os rins a entrarem num processo de falência era o fígado. Estava com valores que indicavam que podia entrar em coma a qualquer momento. Fui para os cuidados intensivos. Não me lembro o se era o dia ou a noite. Via tudo desfocado, tinha uma raiva enorme. Dormia, acordava, ouvia assim umas vozes, umas coisas”, recordou.

Nos tempos que se seguiram, Ana Marques enfrentou um período de depressão pós-parto. “Um internamento prolongado é uma coisa que psicologicamente mói muito, tem sequelas”, afirmou.

TEXTO: Tiago Firmino

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