Após Teresa Guilherme ter-se mostrado indignada com alegada “batota” nas Marchas Populares, o padrinho da Marcha da Bica veio responder à apresentadora.
As Marchas Populares de Lisboa já deram “pano para mangas”. Depois de Raquel Tavares ter-se mostrado indignada com as classificações nas redes sociais, foi a vez de Teresa Guilherme pronunciar-se sobre o assunto.
“Eu também tenho pena que façam tanta batota, há muitos anos, a votarem as marchas, sejam as do Alto Pina ou do que for… O que se passou ontem foi inconcebível”, referiu em direto num programa de televisão.
O descontentamento de Teresa Guilherme mereceu uma atenção especial por parte de Tiago Torres da Silva, padrinho da marcha vencedora desta ano, a Marcha da Bica.
“A primeira pessoa que me entrevistou na televisão foi Teresa Guilherme. Dedico-lhe, por isso, um carinho especial. Mas por isso também, me parece mais fora de contexto o fel que Teresa vem destilar em praça pública sobre a honestidade de quem trabalha nas marchas”, escreveu na sua conta de Instagram.
“Também nós na Bica, já nos sentimos injustiçados (quem pode esquecer os anos de 2004 ou 2013, por exemplo?) e nunca viemos para a rua enxovalhar colegas de profissão. Temos o Dino Alves a fazer-nos as fardas. Já o tínhamos no ano passado e não ganhámos. Temos o Marco Mercier nas coreografias pela primeira vez. Um homem que se entregou de alma e coração ao nosso projeto. E vem esta senhora tentar manchar-lhes a reputação afirmando que, por serem artistas de sucesso, devem ter ‘amigos no júri’?”, continuou.
“Poderíamos presumir que foi assim que a dita senhora fez sucesso e que mede os outros com a sua fita métrica. Mas não, minha senhora, as coisas não funcionam assim. Quero dizer-lhe que eu que ganhei 12 vezes o prémio de melhor letra (na Bica, no Bairro Alto, em São Vicente…) e só tive uma má classificação no ano em que tive um amigo como jurado de letra”.
“Ser artista em Portugal é muito difícil. Teresa Guilherme sabe-o melhor que ninguém. Entrevistou centenas de cantores, atores, escritores. Não se trata assim a nossa gente. Não se vem levantar suspeitas sobre a ética de outros sem se ter provas. O que Teresa Guilherme diz é uma ofensa à memória dos nossos que já não estão entre nós. É uma infâmia contra o suor dos nossos marchantes que, durante meses, se dedicam, noite após noite, à louca aventura de erguer uma marcha”, acrescentou.
“A verdade é que não é a fama que dá educação e há muitos ‘famosos’ por aí cujas línguas viperinas são iguais ao que se dizia das vizinhas à janela em meados do século passado. Teresa, é muito feio o que fez! Usando as suas palavras, é inconcebível que uma pessoa com tanto mundo, revele tamanha falta de senso. Espero que tenha a hombridade de pedir desculpa a cada um daqueles contra quem disparou a arma mais vil, mais baixa de todas que é o boato”.
“Mais um conselho, não morda a língua nos próximos dias. Nós gostamos muito de si, não a queremos ver caída, vítima do seu próprio veneno”, rematou.
Marco Costa defendeu Teresa Guilherme
Marco Costa e Teresa Guilherme apadrinharam o Alto da Pina, à semelhança do ano passado.
O pasteleiro já se pronunciou sobre as classificações nas redes sociais. “Finalmente, depois de descansar e refletir um pouco sobre as marchas deste ano, queria deixar aqui a minha sincera e humilde opinião, sendo que encerro assim um capítulo lindo, vivido mais um ano com muito amor, entrega e querer”, notou.
“Em primeiro lugar quero dar os parabéns a todas as marchas Principalmente a Marcha vencedora a Marcha da Bica. Depois dizer que é normal haver ‘revolta’ nas classificações, sejam elas quais forem, vindas de que marcha forem! Todos queremos ganhar, é certo que uns mais que outros, mas todos queremos ganhar e escrever o nosso nome na história”, explicou.
Mais à frente, Marco Costa partiu em defesa de Teresa Guilherme: “Quem não se sente não é filho de boa gente! Nunca se esqueçam disso! Por isso não vamos alimentar ‘guerras’, ódios e por ai fora”.