Ricardo Araújo Pereira foi convidado do programa “Júlia” e esteve à conversa com Andreia Rodrigues, a quem recordou a perda dos seus cães.
Nesta terça-feira, dia 1 de agosto, o programa “Júlia”, das tardes da SIC, recebeu Ricardo Araújo Pereira. O humorista esteve à conversa com Andreia Rodrigues e recordou um dos momentos mais difíceis da sua vida: a perda dos seus cães, em pouco tempo, durante a pandemia.
“As pessoas que não têm animais, às vezes, ficam surpreendidas pela violência com que a gente sofre aquela perda. E, de fato, é duro, é bastante duro”, começou por referir.
“Mas, tem de se ultrapassar isso. Eu tinha quatro cães e eram quase todos da mesma idade e, por isso, é natural que a vida chegue ao fim mais ou menos ao mesmo tempo e houve ali dois ou três que foi num espaço de um mês. Foi uma coisa mesmo terrível”, acrescentou.
“Estamos a falar de perder um animal de estimação e, para nós, é uma coisa grande. Como é óbvio, é impossível a gente dizer ‘não vou ficar abalado com isto’. A gente deve à pessoa que morreu continuar a viver a nossa vida. Há um tempo de dor aceitável além do qual a pessoa que nos falta não quereria que ficássemos abalados, a sofrer dessa forma. Portanto, a gente quase que lhe deve o facto de continuar a viver com algum ânimo”, confessou.
“Pus-me a pensar se era isso que eu quereria quando morrer e é, sem dúvida, isso que eu quero. O que eu quero é que as minhas filhas fiquem, sei lá, abaladas durante uns bons dez minutos, mas que, depois, continuem a viver a sua vida. Elas devem-me isso, devem-me manter a alegria, porque não é pelo facto de eu ter morrido que a vida delas deve ser diferente”, defendeu.