Ricardo Castro recorda início da carreira como ator: “Não tinha aspeto televisivo”

Ricardo Castro recordou o início da carreira como ator, sublinhando a aparência física e as críticas de que foi alvo, inclusive da mãe.

O ator, que esteve no programa “Dois às 10” (TVI), falou sobre a perda de peso e a fase da adolescência em que se estreou no teatro e, posteriormente, no ecrã, abordando os problemas de obesidade e as criticas pelo aspeto físico.

“A minha família estava dividida, pais separados. A minha mãe tinha muitos problemas psicológicos e psiquiátricos e fiquei a cuidar dela. Era difícil. Quando vives com uma mãe completamente depressiva, sem atividade, ficas gordo em casa, ficam ali a enterrar-se um ao outro. […] Na altura não tive hipótese, tive de cuidar dela. Mas não me arrependo de nada disso”, afirmou.

No entanto, o teatro foi a “salvação”. “Era um na escola e outro em casa. Nunca convidei amigos para casa pela minha situação, não iam compreender. Era um mundo à parte. Libertei-me com o teatro. O teatro salvou-me”, realçou.

Ricardo referiu que a mãe “detestava” a sua paixão pelas artes: “A minha mãe dizia: ‘Vais acabar na rua a cheirar a fogueira, agarrado aos cães’. A ideia da minha mãe era que os artistas eram todos uns desgraçados. Dizia-me que era gordo e não tinha aspeto televisivo”.

“O meu pai dizia-me: ‘queres teatro, vais para a escola do Carlos Avilez’. Com todos os defeitos que o meu pai tinha, por causa da doença dele, dizia-me para estudar para não ser um ‘ator com jeito’”, acrescentou.