Publicidade Continue a leitura a seguir

“Roubada e maltratada”: Carolina Deslandes relata assalto num bar no Porto

Fotografia: Instagram Carolina Deslandes

Publicidade Continue a leitura a seguir

Carolina Deslandes recorreu ao Instagram, nesta sexta-feira, 22 de outubro, para desabafar sobre uma situação de roubo que viveu no Porto.

A cantora, de 30 anos, foi assaltada e, acusa, “maltratada” no clube de Jazz Hot Five na cidade Invicta. A artista fez uma série de vídeos através do InstaStories, ferramenta do Instagram, onde conta como tudo aconteceu.

“Em oito ou nove anos de Instagram nunca me queixei de um serviço, de ter sido maltratada num concerto, nem nada, foi a primeira vez que isto me aconteceu”, começou por dizer.

“Ontem fui cantar ao Hot Five, o clube de Jazz no Porto, na Boavista, com a Irma, a custo zero. Fui pela minha amiga”, assegurou.

“Cheguei para fazer o ensaio de som, na sala de espetáculos, e pousei as coisas na minha cadeira. Fiz o ensaio de som e a seguir fomos maquilhadas e penteadas na casa de banho. Eu disse à Irma que não ia estar a levar as minhas coisas, ia deixá-las ali [na sala]. O clube estava fechado, ainda não tinham aberto portas e a casa de banho é para aí a 25 passos da sala. Não estava lá ninguém”, contou a intérprete.

Após ser maquilhada e penteada, a cantora conta que as equipas regressaram e pediu as suas coisas – foi nesse momento que percebeu que o seu casaco, sapatilhas e mala tinham desaparecido.

O dono do espaço prontificou-se a mostrar as imagens de segurança, mas terá demorado cerca de duas horas a fazê-lo, pois, primeiro, terá deixado entrar os clientes para o clube.

“Se tenho um artista que é assaltado dentro da minha casa e digo que tenho câmaras de segurança, o que é que faço: antes sequer de pôr alguém lá dentro, vou verificar as câmaras para perceber se foi um roubo ou o que aconteceu. Até porque tinha os meus cartões de multibanco lá dentro e tinha de saber se os tinha de cancelar ou não”, contou.

Demorou quase duas horas a ir às câmaras de segurança quando vai percebe-se que foi um roubo. Alguém entrou pela porta do lado da sala que estava aberta – foi deixada aberta pela equipa da Irma, sim – mas têm de perceber que para alguém chegar àquela porta teve de trepar um portão de quatro metros que estava tapado por um carro e andar um corredor. Alguém deveria ter adivinhado que aquela porta poderia estar aberta e arriscar trepar um portão”, afiança.

Todavia, para Carolina Deslandes a situação parece algo “profundamente rebuscado”. “Quando vou ver o vídeo, vejo uma pessoa que entra com toda a calma dentro da sala, uma sala onde estavam guitarras caríssimas, onde estavam milhares de coisas, olha para um casaco, uma mala e uns ténis e leva-o com a maior das calmas”, contou.

“Fico a pensar: uma pessoa que trepa um portão, que apanha uma brecha de porta aberta, quer roubar umas coisinhas? Vai estar com a calma de quem passeia num parque? Não me cheirou bem esta história, mas era o concerto da minha amiga e eu não o queria estragar”, lembra.

Apesar de consternada com a situação, a cantora conseguiu manter a calma, mas o pior ainda estava para vir. O que aconteceu a seguir tirou a artista do sério. “O concerto acaba, estava com um grupo de quatro pessoas, fiquei lá a beber uns copos, a conversar, a comentar a minha frustração de ter sido assaltada. Pensei, ‘esta história está mal contada. Amanhã vou à polícia e se acharem o mesmo vai investigar'”, continua.

“Cruzei-me com o dono da casa várias vezes e ele não me dirigiu uma palavra. As minhas coisas são roubadas dentro da casa dele e não há o mínimo de ‘Carolina, queria pedir-te desculpa, isto nunca aconteceu, foi um azar’, ou prontificar-se para chamar a polícia”, comenta.

“Chegamos à porta, eles entregam os cartões deles e eu não tinha cartão, porque eu estava lá desde a tarde, estive lá a cantar e ninguém me deu cartão. Pagamos a conta do cartão de consumo, que ainda foi uma conta fixe e ele está atrás da caixa a ver-nos a pagar a conta, a conversar sobre o sucedido. Eis se não quando a funcionária, que estava ao lado dele quando pagamos a conta, vem a correr atrás de nós até ao fundo da rua. ‘Peço imensa desculpa mas vou ter de verificar se todos vocês me entregaram os cartões'”.

Carolina acrescenta: “Ele mandou a miúda atrás de nós para ver se tínhamos pago tudo, se alguém tinha fugido. Isso por si só para mim já é ofensivo, agora, acabo de pagar a conta à tua frente, entrego os cartões à tua frente, não foi uma coisa de cinco minutos, estás-me a ouvir e mandas a tua funcionária atrás de mim ao fundo da rua depois de ter sido gamada aí dentro? De não me teres dirigido a palavra? De não teres chamado a polícia? Ainda estou a ser acusada de roubar, era o que me faltava. Aí mexeu com a minha sanidade mental”.

Mediante a situação, a voz do tema “Para a Vida Toda” não resistiu e chamou o dono do clube à atenção: “Isto que aconteceu aqui é inadmissível desde o momento um. Eu sou roubada, não chamas a polícia, não ajudas em nada, não dizes nada […]. Foste negligente. Este vídeo do assalto está muito mal contado. […] Não tens vergonha na cara?”

De seguida, a artista garante que o dono a tratou mal tendo até dito que esta seria uma pessoa mal formada e mal-educada. “Falei alto, estava nervosa com legitimidade, estava revoltada com a situação porque estava preparada para ir para casa. […] Berrei com o homem e ele em momento nenhum pediu desculpa”, afirma.

“Em dez anos de carreira nunca me tinha acontecido uma coisa assim”, rematou.

Carolina Deslandes explicou que deixou uma queixa no livro de reclamações do espaço e deixou ainda o vídeo da câmara de vigilância nos InstaStories.