Sara Barradas explica o porquê de ter feito tranças da polémica

Sara Barradas
Fotografia: Instagram Sara Barradas

Sara Barradas explicou o porquê de ter feito tranças, pedindo desculpa pelo comentário que fez quando disse que parecia uma esfregona.

A atriz reagiu às críticas que surgiram nas redes sociais por ter brincado com o seu novo visual, começando por revelar que não é uma pessoa de alimentar conflitos e que gosta de fazer tranças desde criança.

“Quem me conhece, sabe que eu não sou, naturalmente, uma pessoa conflituosa. Não sou de alimentar discursos de ódio contra mim ou contra outros. As minhas escolhas pessoais sempre incomodaram muita gente, mas como nunca prejudicaram ninguém, eu não sentia essa responsabilidade. Para quem não sabe, eu trancei o cabelo pela enésima vez na minha vida. Desde pequena que gosto de fazer tranças. Quando somos pequenos somos desprovidos de maldade, de preconceitos, significados históricos. Quando crescemos é que aprendemos o que tudo isso é, infelizmente”, contou.

A companheira de José Raposo garantiu que tem noção que existem pessoas que acreditam que, devido ao tom de pele, “não é merecedora” das tranças por causa da origem e “apropriação cultural”.

“Quem não conhece as minhas origens não sabe que tive a sorte de crescer num bairro que me pôs em contacto com diferentes culturas, e ainda bem, ainda bem que pude crescer e definir a minha personalidade nessa pluralidade, porque acho que saímos todos mais ricos nessas interações. Interações essas que em tempos foram forçadas e desiguais, mas que agora caminham para um lugar cada vez mais justo”, acrescentou.

Sobre o comentário feito sobre o cabelo, a artista lamentou o sucedido: “Foi uma coincidência infeliz, na medida em que feri suscetibilidades e, desde já, peço desculpas a quem se sentiu ofendido, mas não foi de todo essa a minha intenção. Mas teria tirado a mesma foto e feito o mesmo comentário sem as tranças, como já fiz de outra vez e ninguém teria falado sobre isto”.

“Quando faço outros penteados é apenas porque gosto, porque me quero sentir um bocadinho diferente num pequeno período de tempo e também gosto que sejamos livres para o poder fazer, sem um significado histórico propriamente dito e sem ignorar a história”, disse, referindo-se que seria sempre um gesto em “tom de homenagem”.