Sérgio Praia paga por vilão da TVI: “Há pessoas que me tratam mal e querem dar-me um estaladão”

Fotografias: Instagram Sérgio Praia

A personagem “Raul” na novela da TVI “Amar Demais” tem custado alguns dissabores a Sérgio Praia, mas o ator garante que não se fica e responde a todas as provocações.

Na rua ou nas redes sociais, Sérgio Praia não tem descanso. A personagem “Raul”, um dos vilões de “Amar Demais” (TVI), que faz a vida negra às gémeas interpretadas por Sofia Ribeiro, tem irritado muita gente e o ator até tem sido alvo de ameaças.

“As pessoas querem dar-me um estaladão, já me disseram isso diretamente e nunca recebi tantas mensagens no Instagram como desta vez, mesmo a tratarem-me mal!”, refere o ator à N-TV. Mas Sérgio Praia não se fica. “Respondo a quase todas as mensagens, acho que o meu trabalho é para as pessoas, gosto de interagir; aliás, ia à página da TVI escrever e defender o meu ‘Raul’, ainda provocava mais! Para mim é benéfico estar envolvido neste processo de troca de argumentos, mas o mais giro foi as pessoas verem na personagem que há ali qualquer motivo para ele fazer aquelas maldades todas”, acrescenta.

Com a “violência” do seu vilão, Sérgio Praia emagreceu. “Depois do ‘Amar Demais’ perdi uns seis ou sete quilos, o que me deu jeito para esta nova personagem que estou a representar”. O ator refere-se à nova série medieval da RTP1 “A Rainha e a Bastarda”. “Puseram-me umas extensões e concretizei o meu sonho de ter o cabelo comprido. Sou o ‘Gomes Lourenço’, o braço direito do filho do rei e um pouco o vilão da história. É muito desafiante fazer, porque um mau é sempre um mau. A minha personagem adora matar, mas não gosta de ver sangue, ele só dá os golpes finais”, informa.

No período de confinamento, fechado em casa, o ator congratula-se por ter estado a preparar trabalho, ao contrário de outros colegas artistas, que passaram por muitas dificuldades. “A novela acabou em novembro e fechamo-nos em casa. Há muita gente que não tem trabalho, eu fiquei parado porque estava a preparar-me para este projeto, não me custou muito porque havia um lado financeiro que me estava a ser dado. Passei pior quando percebi a situação de alguns colegas e tento ajudar os que estão perto de mim, nem que seja moralmente. Isto é uma tragédia, mas não podemos mergulhar nela, temos de tentar sair”, conclui.