Psicóloga e terapeuta sexual ganhou fama a comentar os “reality shows” da TVI. Bloqueia os “haters” e lamenta o desconhecimento da profissão.
Ganhou mediatismo a comentar as mais recentes edições do “Big Brother” ou de “O Amor Acontece”, na TVI, mas Susana Dias Ramos, a psicóloga com especialização em sexualidade clínica e terapia de casal é, também, um fenómeno nas redes sociais: recentemente, o seu canal de YouTube, “Sem Tabus”, atingiu um milhão de visualizações. Para celebrar, a comentadora que é conhecida por não ter “papas na língua” na televisão, abriu o canal aos homens e tem novas temáticas.
“O canal era direcionado para o público feminino e, a partir de agora, vai ser também para o masculino, porque a equipa de informática apercebeu-se que a quantidade de visualizações que tínhamos também eram de homens”, refere, em entrevista à N-TV. No canal, Susana Dias Ramos vai, também, incluir “temáticas que não têm obrigatoriamente a ver com a sexualidade, que podem ir para os relacionamentos amorosos ou amizades, formas de se relacionar dentro da família. Há muitas questões sobre as sogras”, lembra, divertida.
A ideia do canal, acrescenta, é “dizer que tudo é normal se a pessoa se sentir bem com o que está a fazer e se o(a) parceiro(a) nestas aventuras assim o aceite”. “A monogamia parece ser obrigatória e um casal que assuma que não é monogâmico tem letra escarlate de tarado, as pessoas têm demasiado tempo livre para se meteram na vida dos outros!” acusa. Susana Dias Ramos defende, por exemplo, que “as casas de swing podem salvar um casamento”: “Não temos de ir a uma casa destas tocar seja em quem for ou partilhar o(a) parceiro(a), mas utilizar o voyeurismo em proveito próprio para aumentar a atração. Quando me perguntam sobre uma terceira pessoa no casal digo sempre para testar e ir a qualquer sítio e permitir que alguém ‘afiambre’ o seu esposo ou esposa e se sente bem com aquilo!”
Nos seguidores de “Sem Tabus” “a maioria é gente inteligente”. Mas há quem não veja a profissão da psicóloga com bons olhos. “Dez por cento dos que me seguem não percebe para que serve o terapeuta sexual e acham que sou uma prostituta! Acham-se no direito de dizer coisas que não devem, o que me leva a crer que em pleno Século XXI uma mulher a falar sobre sexualidade só pode ser uma profissional do sexo, mas não daquelas que explicam. Há 20 anos não vi o professor Júlio Machado Vaz passar por isto!” aponta.
Para já, seguem-se os comentários nos “reality shows”, atualmente em “O Amor Acontece”, depois da estreia no “Big Brother”: “Andava deprimida com o falecimento do meu pai, mas nunca passou pela cabeça que o ‘BB’ durasse tanto tempo e que fosse ter um impacto que teve – que alguém me cumprimentasse no supermercado ou que o senhor do posto de gasolina me perguntasse o que ia acontecer”, brinca.
Quanto aos “haters”: “Ensinaram-me um botão que é o ‘estou nem aí’! Antes, um comentário em 600 fazia me chorar! Hoje, bloqueio e sigo! Isto é válido para as redes sociais e para as pessoas da minha vida!” remata.