“Ter opinião, escolher, ser mulher: 49 anos depois ainda é uma guerra”, diz Cristina sobre o 25 de abril

No dia em que se celebram os 49 anos sobre o 25 de abril de 1974, Cristina Ferreira partilhou com os seguidores as memórias da data, através da avó e do pai, e garantiu que “ser mulher ainda é uma guerra”.

Ainda não era nascida em abril de 1974, mas Cristina Ferreira partilhou com os milhares de seguidores as memórias que colecionou no anos seguintes.

“Sou dependente da verdade. Dependente do amor. Dependente dos sonhos. E é isso que faz de mim uma mulher livre”, começou por referir no perfil de Instagram.

“Eu fui das que nasci depois de 1974. Vivi a ditadura na memória dos meus. Há resquícios espalhados em todo o lado. A minha avó vestir-se de preto quando o filho foi chamado para a guerra. Era o meu pai. Tinha 20 anos. Tenho fotos dele, um homem lindo, de arma na mão”, lembrou.

“Nunca soube até hoje de que forma este momento o transformou. Que homem seria sem a guerra. Sei que é livre. O dia de hoje, há 49 anos, está marcado nele e na minha família. Era a esperança a chegar. Somos todos fruto do que vivemos e do que os nossos viveram”, acrescentou.

“Talvez por isso tente honrar, todos os dias o que é isto de ser livre. De ter opinião, de escolher, de ser mulher. E, 49 anos depois, ainda é uma guerra”, concluiu Cristina Ferreira.