“Vejo raiva subjacente”. Isabel II acusada de “esconder as emoções” após a morte de Diana de Gales

Reuters

Vinte anos depois da trágica morte da princesa Diana, a 31 de agosto de 1997, uma especialista em linguagem corporal analisou o discurso da rainha Isabel II à nação, dias após o acidente que tirou a vida à mãe dos príncipes William e Harry. A especialista afirma que a monarca tentou “esconder as emoções” e mostra estar “zangada” em vez de triste.

Cinco dias após a morte de Diana, Isabel II dirigiu-se à nação britânica através dos ecrãs de televisão. Foi apenas a segunda vez que o fez desde que é rainha. No ano do 20º aniversário da morte da princesa do povo, o jornal “Daily Star” pediu a uma especialista em linguagem corporal que analisasse as expressões da rainha durante a mensagem endereçada aos britânicos.

Para Patti Wood, Isabel II não expressou sinais de tristeza mas sim de alguma raiva: “Há ausência de sinais de tristeza, como os cantos da boca, o olhar ou as bochechas descaídas. (…) Vejo raiva subjacente, (…) os lábios trancados e não descaídos”, afirma, em declarações à publicação.

A especialista acrescenta que, após a perda de um familiar, seria de esperar que a rainha evidenciasse sinais de “tristeza suprimida”, algo que não é visível: “Quando ela diz, ‘Digo do meu coração’, junta os lábios com aversão. Interpreto isso como um sinal de antipatia por ter de dizer algo de coração sobre Diana.’

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O discurso de Isabel II motivou diferentes reações no público. Desde compreensão – pelo momento difícil – a alguma revolta, por apenas ter falado à nação a 5 de setembro, tendo Diana morrido no dia 31 de agosto.

O discurso foi transmitido ao vivo, numa altura em que a rainha estava debaixo do escrutínio da população. A monarca foi acusada de se esconder no Castelo de Balmoral e de não dar a cara pela família real no momento da morte da princesa.

TEXTO: João Farinha