Henrique foi cremado. Dinamarca despede-se do príncipe que quis ser rei

Uma cerimónia intimista, com a família e amigos mais chegados, marcou o último adeus ao príncipe Henrique da Dinamarca, falecido há uma semana, na sequência de uma infeção respiratória.

A cerimónia, que decorreu esta terça-feira na Igreja de Christianborg, reuniu cerca de 60 pessoas: a família real, os irmãos do príncipe e ainda o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Rasmussen.

Ao longo dos últimos dias, os dinamarqueses tiveram ocasião de se despedir e de prestar a última homenagem ao príncipe que queria ser rei, como provam as fotografias que foram disponibilizadas pela casa real.

No velório, junto ao caixão, coberto pela bandeira da Dinamarca, com o brasão de armas do príncipe, eram visíveis sete coroas de flores. Uma delas, de cor branca, tinha escrita a palavra “Daisy”, nome carinhoso pelo qual o príncipe Henrique tratava a mulher, a rainha Margarida II.

Não só em privado. Em 2012, aquando das comemorações dos 40 anos de reinado, Henrique fê-lo também em público. “Querida rainha, querida mulher, querida Daisy, sou o primeiro homem do reino a admirar-te”

Nas outras coroas estavam ainda escritos os nomes de Frederico e Joaquim, filhos do príncipe, bem como das mulheres Mary e Marie, respetivamente, e ainda “grand-papa”, homenagem prestada pelos oito netos em referência à origem francesa do príncipe Henrique.

O príncipe pediu que as suas cinzas fossem colocadas no mar e ainda nos jardins privados do Palácio de Fredensborg, uma das residências oficiais da família real dinamarquesa, uma vez que já tinha manifestado o desejo de não ser sepultado ao pé da rainha Margarida II pelo facto de não ter tido o papel e o estatuto que desejava: o de ser rei.

O príncipe Henrique da Dinamarca, marido da rainha Margarida, morreu na terça-feira da semana passada, aos 83 anos, na sequência de uma infeção respiratória. Em setembro de 2017 a casa real dinamarquesa já havia anunciado que o príncipe sofria de demência e no final de janeiro o príncipe teve mesmo de interromper as férias no Egipto para regressar a Copenhaga devido a uma infeção respiratória.

TEXTO: Rafael Raimundo (com NA)

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