O príncipe Henrique da Dinamarca tinha manifestado não querer ser sepultado no mausoléu real. A casa real faz-lhe a vontade. O seu corpo será cremado numa cerimónia íntima, sem direito a funeral de Estado.
Henrique da Dinamarca, que renunciou ao título de príncipe consorte por não lhe ter sido atribuído o de rei, tinha manifestado o seu desejo de “não ser sepultado ao lado da rainha” Margarida. Uma “consequência natural de não ter sido tratado de igual forma à sua mulher”. Com a sua morte, na passada terça-feira, aos 83 anos, a sua vontade será cumprida.
O corpo do príncipe será cremado e não sepultado no mausoléu real. A cerimónia será íntima, sem direito a funeral de Estado, e está marcada para o próximo dia 20, a partir das 11h00, na Igreja do Palácio de Christiansborg, para onde Henrique foi transferido, de acordo com o seu desejo, no início desta semana depois de ter estado internado.
Segundo a casa real dinamarquesa, parte das cinzas será deitada ao mar, enquanto a outra será depositada nos jardins privados do Palácio de Fredensborg.
A “despedida” pública
Já esta quinta-feira, o corpo foi transladado do Palácio de Fredensborg para o Castelo de Amalienborg, residência oficial da rainha, em Copenhaga. Amanhã regressará ao Castelo de Christiansborg para que, entre sábado e segunda-feira, os dinamarqueses possam despedir-se.
Henrique da Dinamarca tinha sido diagnosticado com demência.
TEXTO: Ana Filipe Silveira