Fátima Lopes: “Se quiser ir ao programa da Cristina vou, porque não haveria de ir?”

Audiências, concorrência, projetos na TVI, vida pessoal e Eduardo Beauté: a apresentadora Fátima Lopes fala de tudo sem tabus nesta entrevista à N-TV.

É das últimas personalidades a chegar ao antigo Museu dos Coches, em Belém, para a cerimónia das semifinais dos Emmys, mas rapidamente capta a atenção das câmaras de televisão e dos repórteres fotográficos: Fátima Lopes, 50 anos, aparece deslumbrante e até Herman José lhe pergunta se é possível “comer” aquele vestido da autoria do amigo João Rôlo.

Com 25 anos de carreira, a comunicadora não se coíbe de falar de todos os temas da atualidade: a renovação da TVI, as audiências perdidas para a SIC, os novos projetos e até da vida pessoal, sem esquecer o drama da perda de um dos melhores amigos: o cabeleireiro Eduardo Beauté.

O primeiro tema a ser abordado são as recentes notícias de que a TVI terá proibido as suas estrelas de irem ao programa da manhã de Cristina Ferreira, na SIC; Fátima Lopes não só desmente, como garante que, se for convidada… vai.

“Essa alegada proibição de falar para outros canais para mim não existe. Ainda noutro dia fui ao ‘5 para a Meia-Noite’ e o Herman convidou-me para ir ao programa dele e vou quando tiver agenda. Se a Cristina me convidar, vou sem problema, porque não haveria de ir? Informo a estação, por uma questão de educação. Não vou pedir, vou informar”, deixa claro a comunicadora, que ressalva. “Neste momento, na TVI, não há nenhuma proibição de ir onde quer que seja. A Felipa (n.r. Garnel, diretora de Programas) não me vai dizer que se calhar é melhor não ir…”

No quarto canal, há novos projetos. Para o ano deve juntar-se a Manuel Luís Goucha nas tardes, algo que não confirma para já, mas já se sabe que vai ter novos projetos e que, no atual programa da tarde, também vai para a rua fazer reportagem: “Não vou sair das tardes e sinto-me confortável em qualquer horário, já tive em todos. A TVI pediu-me uma coisa que é fazer reportagem para o meu programa. Vamos ter mais Fátima na rua e acumulo com a apresentação. De resto, as grandes mudanças são mais para a frente e vou ter mais desafios na casa”, adianta.

Em Queluz de Baixo “vive-se um espírito de confiança e esperança no futuro; ao contrário do que sai cá para fora, as pessoas não estão desmotivadas. Do lado de lá estão garimpeiros, está tudo pronto para trabalhar”, assegura.

Sobre a perda de audiências para a SIC, Fátima Lopes recorda os 25 anos de carreira e que tem tido um “dejá vu”. “Tive anos na SIC a ganhar e a perder. E na TVI estive a ganhar e agora estou a perder. Isto para mim é um ‘deja vu’! Estou entusiasmada naquela casa porque esta nova direção disse-me que há um projeto para mim. Sou uma pessoa de confiança e sinto-me bem”.

“Não preciso de uma bengala”

Há semanas, foi noticiado que, depois do divórcio do enfermeiro Luís Morais, Fátima Lopes teria encontrado uma nova paixão, ao lado de um homem chamado JP. A apresentadora devolve a pergunta aos jornalistas: “Paixão? Por quem? Se souberem digam-me, porque não conheço. Não sei quem é o JP. Sou solteira e boa rapariga”.

E garante estar realizada, também na vida pessoal. “Já fui uma mulher que amei muito e foi muito amada. Não sou amarga, sou superdoce porque sou feliz. Tenho o coração cheio e tive de reconstruir uma família a três, com os meus dois filhos, que é muito feliz. Não preciso de bengalas na minha vida, na velhice se precisar de uma bengala, eu compro”, diz, à despedida.

Afastada de Eduardo Beauté

Fátima Lopes era uma das melhores amigas de Eduardo Beauté, o cabeleireiro que morreu há uma semana com uma embolia. “É um sentimento de tristeza. não deixa de ser uma morte precoce que não se espera. É aceitar. Sou bastante religiosa e acredito que há uma razão porque Deus o quis levar. Não fico zangada, tento resguardar as memórias dele”.

A apresentadora admite que, nos últimos tempos, os dois estiveram afastados, por vontade do “hair stylist”: “Nos últimos tempos não tivemos contacto, ele isolava-se por opção dele, contrariamente ao que se dizia, não são as pessoas que não o procuravam. Ele precisava mais do seu tempo e eu respeito. A minha maior preocupação agora são os filhos dele”.

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