A figura da Duquesa de Alba, que morreu há três anos, vai ser imortalizada, com um monumento construído na Igreja do Valle, em Sevilha, com o dinheiro dos crentes, e que será inaugurado na próxima segunda-feira.
No dia em que passarão três anos da morte de Cayetana Fitz-James Stuart, mais conhecida como Duquesa de Alba, a sua memória será imortalizada com uma escultura da autoria de Jose Antonio Navarro Arteaga e que será inaugurada na Igreja do Valle, sede da Irmandade dos Ciganos, onde estão depositadas parte dos seus restos mortais, como era seu desejo.
A escultura custou 112 mil euros e a sua construção foi suportada pelo dinheiro dos fiéis, que quiseram substituir a fria lápide por um monumento de maior grandeza. Para isso, a Irmandade fez uma recolha popular de fundos para custear a obra. “É uma honra para nós poder dar este passo e devolver, desta forma, o nosso agradecimento a quem foi a maior embaixadora que a Irmandade e Sevilha poderiam ter tido”, lê-se num comunicado.
Desde o momento em que se soube que havia uma recolha de fundos, foram muitos os sevilhanos que se juntaram a esta iniciativa, que também contou com o contributo de algumas empresas, entidades bancárias. Até a revista “Hola!”, que deu grande exposição mediática a Cayetana, contribuiu para o donativo.
“A Irmandade não tinha capacidade para custear esta obra, porque tem mais projetos de ajuda social, mas a forma como em conjunto trabalhámos para agradecer a Cayetana o quanto ajudou tanta gente nesta cidade é uma grande honra para nós”, afirmou um dos organizadores, que acrescentou que houve quem “na medida das suas possibilidades” desse três euros e “houve quem doasse 10 mil”.
A obra escultórica, toda feita em mármore, é uma alegoria aos gostos e paixões da Duquesa de Alba, que morreu a 20 de novembro de 2014, aos 88 anos.
Três anos antes, Cayetana casara-se pela terceira vez com Afonso Diez Carabantes, de 60 anos.
TEXTO: Nuno Azinheira
