Maria João Luís e “cheiro a morte” das cheias de 1967

Maria João Luís recordou o “cheiro a morte” que ficou entranhado na sua memória depois das cheias de 1967 que também atingiram Alhandra.

A atriz, de 56 anos, esteve esta quinta-feira n’”O Programa da Cristina” para falar sobre a peça de teatro “Ermelinda do Rio”, que se trata de uma homenagem às vítimas do incidente que aconteceu quando tinha quatro anos.

“Ficou-me o trauma daquela noite, é muito estranho uma criança de quatro anos se lembrar daquele momento como eu ainda hoje o recordo”, disse a intérprete a Cristina Ferreira.

Fotografia: Gustavo Bom/Global Imagens

Em Alhandra, as cheias destruíram mais vinte mil casas e fizeram mais de 400 vítimas mortais. “Uma das coisas que não me esquece efetivamente é do cheiro. Um cheiro a lodo, a lama e a podre, um cheiro a morte”, acrescentou.

Nesse acontecimento, Maria João Luís perdeu muitos familiares. “Lembro-me da noite, lembro-me de ver o meu pai na sala com a cabeça entre as mãos, é quase uma fotografia sabes? […] Morreu a minha avó, um tio, uma tia, morreram muitos primos diretos e indiretos, a minha mãe falava de trinta e tal pessoas da minha família”, relatou.

Fotografia: Gustavo Bom/Global Imagens

Esta não é a primeira vez que a atriz revive publicamente este drama. Em maio, a intérprete também já tinha aberto o livro com a apresentadora Júlia Pinheiro no programa das tardes do terceiro canal.

Atualmente, além do teatro, a profissional da SIC também pode ser vista na novela “Terra Brava”, na qual dá vida à antagonista Eduarda.

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