O vício da pornografia e a traição à mulher. As surpreendentes confissões de Chris Rock

Host Chris Rock opens the show at the 88th Academy Awards in Hollywood, California February 28, 2016. REUTERS/Mario Anzuoni - RTS8FY5

Chris Rock está de regresso à televisão depois de dez anos de ausência. A Netflix apostou no comediante que traz novas piadas, mas também história polémicas.

“Chris Rock: Tamborine” é o novo especial de comédia da Netflix, com Chris Rock no centro das atenções. Durante o espetáculo de comédia, que se estreou esta quarta-feira na plataforma de “streaming”, o artista, de 53 anos, expõe os “podres” da sua vida e faz rir qualquer um com os seus defeitos.

“Eu era viciado em pornografia e acabava sempre por chegar atrasado 15 minutos a qualquer lugar”, revelou o comediante. “Quando alguém consume pornografia em excesso, sabem o que acontece? Sexualmente, tornam-se autistas”, disse ainda o humorista.

O ator norte-americano, protagonista em filmes como “No Auge da Fama” ou “Os Anjos Devem Estar Loucos”, afirmou estar melhor, admitindo ter passado por fases complicadas. “Consoante a evolução do vício, qualquer vídeo é capaz de te excitar. Eu estava completamente alterado”, assegurou.

Chris Rock confessou ainda ter traído a ex-mulher, Malaak Compton: “A culpa do divórcio foi minha, porque fui um idiota. Tive uma atitude horrível, pensava que mandava em tudo porque era eu que pagava as contas. Esse tipo de pensamento não funciona”.

“Homens como eu, quando têm a necessidade de trair, é porque estão à procura de alguma coisa nova. Mas o que acaba por acontecer é que a mulher descobre e por causa disso ela nunca mais vai voltar a ser a mesma. O homem acaba por ficar com essa coisa nova que nunca será nada de bom.”
Chris Rock

Chris Rock assinou em 2016 um contrato com a Netflix que deverá render ao comediante cerca de 40 milhões de dólares (cerca de 33 milhões de euros), adiantou a revista “Variety”. Rock faz parte de uma lista de humoristas com quem a Netflix assinou para produzir e transmitir programas especiais de comédia.

A última vez que o ator norte-americano subiu ao palco para um especial foi em 2008, no canal HBO, com “Kill The Messenger”. A título individual, o comediante conta no currículo com três prémios Grammys e quatro Emmy. No início de carreira, saltou para as luzes da ribalta ao destacar-se em programas como o “The Saturday Night Live”, “The Chris Rock Show” e “Everyody Hates Chris”.

TEXTO: Tiago Firmino