Pedro Lima faz homenagem a avó em dia de festa

Pedro Lima assinalou publicamente, esta sexta-feira, o 90º aniversário da avó, Bernarnette, com uma homenagem emotiva.

O ator dedicou, no perfil da rede social Instagram, uma mensagem à aniversariante e “grande referência” de Pedro Lima, que completou 90 anos na quinta-feira.

“A grande referência da minha vida completou ontem 90 anos. Nasci em Angola mas, com um ano, os meus pais mandaram-me para Lisboa para ser criado pela minha avó Bernardette, batizada por mim nesses primeiros anos de vida por Vovocas”, começou por dizer.

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A grande referência da minha vida completou ontem 90 anos. Nasci em Angola mas, com um ano de idade, os meus pais mandaram-me para Lisboa para ser criado pela minha avó Bernardette, baptizada por mim nesses primeiros anos de vida por Vovocas . Hoje, depois de alguma terapia, sei que aquela viagem para longe da minha mãe configura um abandono que marcou muito a minha relação com as mulheres até uma certa idade. Mas durante toda a vida nunca senti a falta de mãe porque a Vovocas preencheu o espaço feminino de referência afectiva de que uma criança necessita. A sua forma de transmitir amor sempre foi ligada à dimensão funcional da vida. O cuidado permanente para andar asseado, ter a comida que eu gostava, a roupa lavada, os agasalhos para não ficar doente, um ou outro brinquedo que me alegrasse, uns ténis da moda quando era possível. Foi com esta matriz afectiva que me formei e era a única que sabia transmitir até conhecer a Anna com quem tenho aprendido outras formas de afecto. A Vovocas cuidou assim de três filhos, de mim e da minha irmã, da mãe Ermelinda até à sua morte, de mais dois netos que nasceram quando tinha já 65 anos, de 7 bisnetos e agora do pequeno João Maria, o seu único trineto. Depois de uma vida até aí com bastante conforto, nos anos 80, período em que o FMI intervencionou a economia portuguesa, a Vovocas foi obrigada a ter 3 empregos para garantir a sustentabilidade da família: trabalhava com administrativa na empresa de mobiliário FOC durante o dia , era telefonista no jornal O DIA à noite e ainda fazia bolos e pastéis em casa que vendia no bar da FOC. Não me lembro de alguma vez sentir a sua ausência em casa. Lembro-me da acordar com a energia dos seus passos enquanto preparava o dia antes de o sol nascer. Deixava sempre tudo organizado para que eu tivesse o maior conforto possível. Este exemplo é o legado que me deixa e que tentarei transmitir aos meus filhos. Ah! … e nunca teve nenhum homem para ajudá-la. Conhecem mais alguém assim? Eu não, só a Vovocas! #amor#familia#afecto#exemplo#coragem#avó#cuidar

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” […] Depois de uma vida até aí com bastante conforto, nos anos 80, período em que o FMI interveio na economia portuguesa, a Vovocas foi obrigada a ter três empregos para garantir a sustentabilidade da família […] Não me lembro de alguma vez sentir a sua ausência em casa. Lembro-me da acordar com a energia dos seus passos enquanto preparava o dia antes de o sol nascer. Deixava sempre tudo organizado para que eu tivesse o maior conforto possível”, relatou.

“Este exemplo é o legado que me deixa e que tentarei transmitir aos meus filhos. […] E nunca teve nenhum homem para ajudá-la”, completou.

TEXTO: Mariana Capante

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