No dia em que celebra o 29.º aniversário como fadista, Raquel Tavares admitiu que o fado é “uma benção e uma cruz” que vai carregar a vida inteira.
Foi há quase três décadas que a cantora subiu pela primeira vez ao palco durante uma noite de fados. Desd então dedicou a vida a ser fadista. Até que, em janeiro, a cantora colocou em suspenso a carreira.
Contudo, nunca irá esquecer a primeira vez como fadista, quando era apenas uma criança. “Faz hoje 29 anos que cantei pela primeira vez numa noite de fado. Sei-o, porque (por circunstâncias adversas) a minha mãe nunca esqueceu a data e como tal, eu também não. Foi no Grupo Desportivo Varjense. Cantei três fados; ‘Tudo Isto é Fado’, ‘A Júlia Florista’ e o ‘Cheira a Lisboa’. Não tive medo do palco (que era na verdade um palanque pequeno, mas que a mim parecia enorme), nem vergonha de cantar para muitas pessoas”, recordou.
“Na verdade, tudo o que queria era fazê-lo! E fiz. Com toda a garridice e galhardia de uma menina de seis anos. Acontece que quando acabei de cantar, corri para os braços da minha mãe e chorei. Chorei como até então não me lembrava de ter chorado. Como que se soubesse que tinha acabado de traçar a minha condição… sem qualquer retorno. E desde então, nunca mais soube o que era a vida sem o fado”, prosseguiu.
Longe dos palcos de forma profissional, dedicada à Televisão, quer seja como atriz ou apresentadora, Raquel Tavares continua a viver na condição de fadista.
“Posso mudar o meu rumo, mas jamais conseguirei mudar a minha condição (nem pretendo). É uma benção e uma cruz. Mas só assim é que é de verdade. Sou do fado. Sou fadista”, concluiu.
LEIA TAMBÉM: