A Netflix anunciou o fim da série imediatamente após o escândalo de assédio sexual em que o protagonista Kevin Spacey se viu envolvido. Fontes asseguram, contudo, que a decisão já estava tomada.
Tem sido uma das séries mais aclamadas dos últimos anos mas vai terminar no próximo verão. A Netflix e a produtora Media Rights Capital comunicaram a decisão na noite desta segunda-feira, revelando-se “profundamente preocupadas com as notícias que envolvem Kevin Spacey”.
No mesmo comunicado, é referido que os responsáveis das duas empresas se reuniram com o elenco na sequencia do mais recente escândalo que está a chocar Hollywood.
“Em resposta às revelações da última noite [domingo, dia 29], executivos das duas empresas estiveram em Baltimore esta tarde [segunda-feira, dia 30] para se reunirem com o nosso elenco e a nossa equipa para assegurar que continuam a sentir-se seguros e apoiados. Como estava previamente agendado, Kevin Spacey não está a trabalhar no ‘set’ nesta altura”, pode ler-se no documento.
Horas depois de ser conhecida a decisão, começaram a surgir rumores de que a Netflix estaria a ponderar produzir um “spin off”. A revista “Variety” avança com a possibilidade de Eric Roth escrever o argumento e de Doug Stamper (Michael Kelly), o chefe de gabinete de Frank Underwood, ser o protagonista.
Apesar de o “timing” indicar o contrário, o site TV Line escreve que a decisão de colocar um ponto final na série “não estará relacionada com as acusações de Anthony Rapp contra Spacey”. Fontes asseguram que a decisão já estaria tomada há vários meses.
Kevin Spacey, de 58 anos, foi acusado pelo ator Anthony Rapp, de 46, de o ter assediado sexualmente numa festa, em 1986, quando o mais novo teria 14 anos. O ator que dá vida a Frank Underwood em “House Of Cards” diz não se recordar do episódio mas admitiu que o mesmo possa ter acontecido, chegando a pedir desculpa ao visado. No mesmo comunicado, Kevin Spacey revelou ser homossexual.
TEXTO: João Farinha
